AS AGUAS TAMBÉM CHORAM E LAMENTAM



Sou o liquido mais precioso
Na obra do divino criador
Sou de sabor delicioso
Fui criada para combater o calor
Estou em tudo que se alimenta
Até no ar que se respira
Sou o elemento que mais sustenta
E que a paisagem mais aspira

Na vida sou presença constante
Percorrendo o planeta inteiro
Nos rios regatos e vazantes
Irrigando planícies vales e outeiro
Deslizando como serpente
Escorrendo nos montes e serras
Combatendo o sol imprudente
Vou saciando a sede da terra

Sou a fonte que escorre cristalina
Sou canção nos murmúrios da cascata
Sou o sereno que espalha na colina
Sou o orvalho nas folhas da mata
Sou o verde que oxigena o ar
Sou também o beijo da natureza
Que a brisa insiste em roubar
Sou eu a maior fonte de riqueza

Sou a preciosidade da divina criação
Desempenho um papel fundamental
Responsável pela cadeia de alimentação
Sou indispensável à dinâmica universal
Nos oceanos sou volumosa e atuante
Mantendo sua biodiversidade
Meu leito é roteiro dos navegantes
Sou também celeiro da humanidade

Sou tudo isso e muito mais
Mas ação dos homens me assombra
Estão se tornando irracionais
Poluindo o ar construindo bombas
Esquecendo que a mãe natureza
Pode a qualquer momento se vingar
Ao ver todas as suas belezas
Em cinza se transformar

Aos que tem nas mãos o poder
Defendam o meio ambiente
Não deixem a mata morrer
Não me cause mais estragos
Protejam as minhas nascentes
Replantem as encostas dos lagos
Seja um patriota consciente
Deixe de lado sua grandeza
Ouça os clamores meus
Entenda que a mãe natureza
É o braço direito de Deus!


(Reeditado em homenagem a Março o mês consagrado a água )

 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 23/03/2018
Código do texto: T6288404
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