MÃE CORAGEM

Ventos sopram as roseiras

Ondas agitam os mares

Flores decoram jardins

Que perfumam os pomares

Todas as mães serão sempre

As majestades dos lares.

Essa cordial senhora

Seja pobre, seja elite

Mesmo marcada no tempo

É uma jovem sem limite

E no seu vaivém da vida

Ainda dá seu palpite.

O que importa contratempo

O enfrenta sem cara feia

Com toda simplicidade

Leva a vida de mão cheia

Entre tantas aflições

Inda faz seu pé-de-meia.

A favor dos seus profere

Até a derradeira instância

Vai à guerra se preciso

Não avalia distância

Encara os seus desafios

Sem medir tal circunstância.

Com muita sabedoria

Sabe aturar sua dor

E nem sequer se lamenta

Quão tamanho dissabor

Inda sorridentemente

Agradece ao Redentor.

Nas suas preces invoca

Até as Ninfas e Zeus

Para veem com bons olhos

Os ausentes filhos seus

Pedindo para livrá-los

De certos caminhos breus.

A Deus também agradece

Oração e ajoelhada

Por sua história vivida

Na sua longa escalada

No sobe e desce da vida

Recebendo bofetada.

Chateada às vezes fica

Lá no seu dia a dia

Mas são coisas passageiras

Logo esbanja simpatia

Nada lhe tira do sério

Nem sua soberania.

É uma defensora nata

Em ocasião qualquer

E nada desestimula

Tutano dessa mulher

Ela encara e decifra

O enigma que vier.

Também nada lhe intimida

Acredita no seu taco

Pois sabe entrar e sair

De todo e qualquer buraco

E sempre cabe mais um

Bem debaixo do casaco.

No seu barraco humilde

De tábua ou de concreto

No morro ou no condomínio

Vai estar sempre aberto

Mesmo por aquele filho

Que escolher caminho incerto.

No sertão, cá na cidade

Não importa tanto faz

Ela estando junto aos seus

Em tudo se satisfaz

No aconchego do seu lar

Acresce mais seu cartaz.

É expansivo seu sucesso

Com ou sem dificuldade

Sua presença é notada

Qualquer casualidade

Desde sua adolescência

Até os confins da idade.

A realidade enfrenta

Contudo, cabeça erguida

Desbrava com eficácia

Todas as dores da vida

Ela por nada se abate

Inda estando deprimida.

Se dá por vencida nunca

Em qualquer ocasião

E sempre se adaptou

A toda situação

Quer chova, quer faça Sol

Procura uma solução.

E mesmo desiludida

Adentre múltiplos trilhos

Jamais ficou cabisbaixa

Diante dos empecilhos

Pois sempre procurou

Ajustar-se aos trocadilhos.

Para todos filhos seus

Aconselha o seu caminho

E com sua sapiência

Doutrina lhes com carinho

Para que eles não sejam

O feroz leão-marinho.

Entre espinhos e pedras

Muitas vezes se feriu

Nem por isso se abateu

Pois em frente prosseguiu

Mesma sofrida de dores

De sorrisos se vestiu.

Aliás, não fraquejou

Diante qualquer derrota

Pelas veredas da vida

Suportou muita chacota

Pra chegar, onde chegou

Conduzindo sua frota.

Tal meninota se sente

Que crê em mitologia

Ainda borda e pinta

Coisas do seu dia a dia

No seu diário predileto

Registra sua poesia.

Na alegria, na aflição

É uma chefa destemida

E para ela sempre tem

Para tudo uma saída

Na sua busca infinita

Não há conquista perdida.

Na sua guarida nanica

O progresso e evolução

São vocábulos de ordens

Toando com expressão

Trazendo enriquecimento

Para qualquer cidadão.

Coragem e muita força

Unificação e esquema

Apesar de persistente

Mesmo diante um dilema

Fracasso jamais reinou

Seja qual fosse o problema.

Essas senhoras rainhas

Seja Ana ou Luzia

Lá na casa de Raimunda

De Antônia ou de Maria

Felicito todas mães

Por esse seu grande dia.

FIM.

Francisco Luiz Mendes
Enviado por Francisco Luiz Mendes em 15/04/2018
Código do texto: T6309365
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