O CANGAPÉ
O CANGAPÉ
I
Esse nome cangapé
Escutei bem de repente
Por causa de uma garota
Que pulava alegremente.
II
E os pulos que ela dava
Causavam admiração
Porque ela se virava
De ponta cabeça ao chão.
III
O público que assistia
Não parava de falar
Porque ela nem morria
Nem se fazia matar.
IV
Com as mãos fixas ao chão
Seu corpo logo subia
Começando um espetáculo
Que poucos compreendiam.
V
O salto era mortal
Sujeito à morte fatal
Mas a garota feliz
Achava muito legal.
VI
Isso sempre acontecia
Se fazendo tudo bem
Seja na sala de aula
Pátio e quadra também.
VII
Mas um dia uma professora
Percebeu com atenção
E chamou a diretora
Pra resolver a questão.
VIII
Foi aquele blá-blá-blá
E a gestora ordenou
Proibindo o cangapé
À criança que o criou.
IX
A garotinha ouviu
Mas nem o olho bateu
Pois do ouvido saiu
A ordem que apareceu.
X
Daquele dia em diante
Foi que saiu cangapé
A garotinha pulava
De frente ou marcha-ré.
XI
Uma mola ou menina?
Você pode perguntar
Em ritmo acerado
Outras hão de a imitar.