A TERRA A QUALQUER MOMENTO PODERÁ SER DESTRUÍDA

Se o homem continuar

Desmatando sem medida

A terra a qualquer momento

Poderá ser destruída

Por todos os continentes

Haverá ranger de dentes

Nação rica a desprovida.

O nosso planeta terra

Tá sentindo a mutação

As altas temperaturas

Avançam todo o verão

As geleiras se derretem

Águas em volumes descem

Causando-lhe inundação.

Se continuar assim

Com tanta destruição

O mundo por um instante

Pode entrar em colisão

Será um deus nos acuda

Tanta gente atrás de ajuda

E a Deus pedindo perdão.

Com o homem desse jeito

Produzindo poluição

O nosso planeta azul

Inverterá de estação

No frio teremos calor

No calor muito frescor

E no inverno verão.

Se o homem permanecer

Gerando detonação

Ele estará com certeza

Anunciando erosão

O efeito estufa cresce

Pois veja o que acontece

A terra em variação.

O boletim é o mesmo

No rádio e televisão

Avisando que a terra

Aquece a cada estação

E as nações europeias

Decidem em assembleias

Fabricação de canhão.

Enquanto os poderosos

Discutem sobre armamento

O nosso planeta inteiro

Sabe que a qualquer momento

Ele pode desabar

Se o homem continuar

Motivando aquecimento.

Cada árvore derrubada

Desmorona uma geleira

Aumenta o nível do mar

De fronteira a fronteira

Tampouco a população

Está dando a atenção

À notícia corriqueira.

Se o mundo continuar

Com tanta devastação

Muito breve tudo aqui

Entrará em erupção

Todo o lixo jogado

Fará o nosso legado

explodir feito um vulcão.

Se o homem insistir

Em fazer mais bomba atômica

Ele exalará da terra

Mais uma moléstia crônica

Destruição será total

Na biografia humanal

Diante a peste bubônica.

Se a humanidade ainda

Se fizer de inocente

Crendo que da natureza

Nada vê a sua frente

Pois está muito enganada

Ela será tapeada

No seu próprio ambiente.

O homem continuando

Com o seu atrevimento

Pondo os astros em jogo

Com o desflorestamento

Tudo pode acontecer

Até ele fenecer

No próprio envenenamento.

Se o homem não se cuidar

E matar a atmosfera

Está auto destruindo-se

Numa escalada cratera

E quando ele acordar

Pra o seu espelho se olhar

O seu futuro já era.

E se nós continuarmos

Nosso céu enfumaçando

Estrelas, o Sol e a Lua

Mais distantes vão ficando

E das luzes desses astros

Restarão apenas rastros

Aos nossos olhos minguando.

Carecemos cuidar do

Planeta que é a nossa terra

Não consintamos morrer

O verde de nossa serra

Florejamos nossos campos

Para vermos pirilampos

E não o clarão de guerra.

Como quero ter os rios

Com as águas cristalinas

As cascatas estrondando

E por todas as colinas

Descendo assim pela serra

Se escoando na terra

E irrigando campinas.

Quero ver rosas molhadas

Por leve chuva que cai

E jamais por munições

Da arma que se esvai

Nem a terra estremecida

Por uma bomba explodida

Que de um canhão se sai.

Anseio sentir o vento

O seu sopro refrescante

Jamais corrente de ar

De uma brisa ofegante

Com quarenta graus acima

Deixando o nosso clima

Mais ainda agonizante.

Quero fragrância de chuva

Quando desabar no chão

Não olor de óleo queimado

Entranhado no pulmão

Deixando assim muita gente

Por todo o continente

Com uma vela na mão.

Quero ver os animais

Alegres e apaziguados

Reunidos em savanas

Ordeiros e sossegados

Não quero vê-los morrendo

E nem de dores gemendo

Por maremotos levados.

Eu quero ver muitas aves

Nos céus dando revoadas

Encantando a natureza

E com lindas trovadas

Não ali entristecidas

Doentes e enrubescidas

Nos recantos enjeitadas.

Quero ouvir os fragores

De uma linda cachoeira

O seu belo véu rasgando

Nos gumes de uma pedreira

A pomposa correnteza

Enfeitiçando a natureza

Pela sua cordilheira.

Quero ter terra tomada

Por espantosos pomares

E sentir cheiro de flores

Entranhando-se nos ares

Não vibrada por vulcões

Exibidos nos telões

Adentro dos nossos lares.

Povos de todo o mundo

Ouçam a voz da natureza

Por obséquio deem chance

À fonte dessa pureza

Que está muito doente

E de tanto poluente

Da chaminé da riqueza.

Apague o fogo hostil

Que queima o seu cercado

Anuncie para o amigo

Que o astro está sufocado

Que ele precisa urgente

De ação de muita gente

Pra não ser amortalhado.

Que não molestem a terra

Mas zelem-na, por favor

Ancorem os seus navios

Em algum porto que for

Anunciem a chegada

Com a bandeira içada

Num ramalhete de flor.

Deixem a terra viver

Com toda a criação

E parem de produzir

Bomba-relógio e canhão

Fuzis e porta-aviões

Granadas e mosquetões

Metralhadora e arpão.

O perigo está crescendo

Tudo é territorial

Pois em qualquer dia desse

Funéreo será total

Quem sobreviver, verá!

Que o planeta gemerá

No seu próprio funeral.

A terra está enfraquecida

Aos poucos vai fenecendo

A população é omissa

Ao que está acontecendo

Seu maior destruidor

É o seu próprio morador

Que nela está vivendo.

A nossa ilha tão bela

Tá de corda no pescoço

Pois é só puxar o laço

Que ela desaba no poço

A borda está se rompendo

Todas as nações tão vendo

Nosso astro morrer, moço!

Por que é que a mão do homem

Devora a esfera terra?

E que mal ela lhe fez

Para abatê-la em guerra?

Porém sabe-se que um dia

Essa sua valentia

Nela mesmo se enterra.

FIM.

Francisco Luiz Mendes
Enviado por Francisco Luiz Mendes em 05/05/2018
Reeditado em 05/05/2018
Código do texto: T6327488
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.