O MEU RIMANCEIRO * As palavras banais

Quando escrevo, em verdade, o que digo

são palavras, palavras banais

de bom-senso, visíveis sinais

alertando: cuidado, há perigo!

Nas estradas há curvas danadas,

há travagens, piões e maus pisos,

há os gestos de mão bem precisos,

há manobras e acções desastradas.

Todos andam sujeitos à pressa

que nem sabem aonde vai dar…

Menos sabem onde isto começa

ou aonde isto vai acabar…

Falo em vão, eu bem sei, mas insisto,

que não é blasfemar nem delito

sobre o nada deixar o meu grito

que saúda o que existe além disto.

José-Augusto de Carvalho

10 de Agosto de 2018.

Alentejo * Portugal

José Augusto de Carvalho
Enviado por José Augusto de Carvalho em 10/08/2018
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