Vitória da inocência.
Literatura de cordel (ensaio)
Às vezes fico pensando
Que caminho estou rumando
E se faço a coisa certa...
Com tantas portas fechadas
E passagens apertadas
Sempre há uma aberta.
A vida é como um rio
Se choro ou se sorrio
Que diferença faria?
Os dias são diferentes
Como a água escorrente
Misturando tristeza e alegria
O povo do qual faço parte
Mistura drama com arte
E parece gostar de sofrer
Mas sei não é masoquista
Apenas não conquista
O direito de entender
É massa manobrada
Como uma mansa boiada
Endereçada ao seu fim cruel
Como se fora conduzida
À Terra Prometida
Ao Paraíso... ou Céu!
E assim sigo meu destino
Desde os tempos de menino
Seguindo os rastros do pai
Se é bom ou se é ruim
Só descobrirei no fim
Que é pra onde cada um vai.
Lá saberemos então
Se repartimos direito o pão
E cumprimos nosso dever
O livro estará consumado
Em cada página registrado
Cada passo do nosso viver
Espero nesse dia
Ter motivos para alegria
Vendo triunfar a esperança
De ter um mundo perfeito
E sentir bater no peito
O coração da criança!