MISÉRIA HUMANA
 
Andando eu pela rua
Uma pessoa seminua
Refletia na luz da lua
Sorrindo vem pro meu lado
Um sorriso disfarçado
Pensei: Será u’a visão?
Me doeu o coração
Fiquei bastante abalado.
 
A situação não me engana
Vi ali a miséria humana
Numa posição insana
Parada na minha frente
Abordando um transeunte
De pena quase morri
Saí bem logo dali
Um momento comovente.
 
Até hoje não entendo
Nem sei se isso pretendo
Mas quase sempre estou vendo
Pessoas não se valorizam
Parece que até ironizam
Numa mui falsa ilusão
Pela vida elas se vão
Suas desgraças enraízam.
 
(Christiano Nunes)