EM QUEM VOTAR?

Hoje acordei preocupado,

Matutando, ensimesmado,

Em quem votar pra presidente?

Analisei cada um,

Tentando encontrar algum

Que seja honesto e não mente.

Primeiro pensei no Lula

Que muita gente adula

Mas o cabra tá em cana!

Votar em presidiário,

Só mesmo se eu fosse otário,

Sabendo que o homem engana.

Quem sabe o tal Bolsonaro...

Fui fundo e botei reparo,

Neste gênero esquisito.

Faz panca de valentão

Vire e mexe desce a mão,

Investe que nem cabrito.

Passei a olhar por Marina,

Que sempre vem na surdina,

Com discurso que não muda...

Fala de meio ambiente,

Nas tragédias, sempre ausente,

Meu amigo, não se iluda.

Olhei o velho Alckmin

É inteligente sim,

Mas algo não me convence.

Pra ele tudo tem jeito,

Discursa, bate no peito,

Sempre o mesmo show circense.

Mas o que falar do Cyro?

Esse eu não admiro,

Bom de fala e bom de bico...

Bananeira que já deu cacho,

Ele e a sua cara de taxo

Já decidi: eu não fico.

Tem também Álvaro Dias

Gosta de dar de Caxias,

Se dizendo homem honrado...

Não sei se isto procede,

Hoje não cheira e nem fede

Vamos ver qual é o babado.

Olhei também o tal Henrique

Que ás vezes tem chilique,

Quando se sente apertado.

É um grande investidor,

Mas será que tem amor

Pelo povo amargurado?

Olhei o tal do Guilherme

Pensa bem, mas não tem cerne,

É madeira pobre e oca...

Tem discurso apaixonado,

Num guenta chumbo trocado,

Caminha à bancarrota.

Surgiu um tal Amoedo,

Sou sincero, eu tenho medo

De gente com esse gene...

Sei que é homem de sucesso,

Mas pensou em seu progresso

E não no povo que geme.

Tem o cabo Daciolo,

Como se diz: sai que é rolo!

Esse não tem cabimento...

Tem discurso moralista,

Não domina nem entrevista,

Só no Brasil, eu lamento.

Tem mais uns gatos pingados,

Que ainda não são amados

Por nenhuma facção...

Pequenos e inexpressivos,

São apenas atrativos

Do circo dessa nação.

Diante do quadro exposto,

Sinto um profundo desgosto,

Do panorama geral...

Fico quieto ou fico fulo?

Voto em branco ou voto nulo?

Este é o dilema fatal.

Ainda tenho esperança.

Pode ainda haver mudança,

Surgir algo que surpreenda...

Quem sabe um toque divino

Mude o rumo do destino,

E a gente encontre uma senda.