A TINA DA ENSEADA

A TINA DA ENSEA

I. Coimbra

RDAH 030220181819

É

01 Dias atrás eu saí

Com destino a uma colina

Por ter tido uma notícia

Que lá havia um bom clima

Longe da poluição

Que existe em Ribeirão

Cujo ar é toxina

02 Avancei por quatro horas

O meu carro dirigindo

Com o GPS mostrando

O lugar que-eu-estava indo

Avistei no horizonte

O delineio de um monte

E a distância diminuindo

03 Em instantes eu cheguei

Em sua imediação

Estacionei o veículo

Na sombra de um jambolão

Logo me pus a subir

Para lá no alto eu ir

Fazer a contemplação

04 Mas quando animadamente

A colina eu subi

Tive um sono de repente

Sem querer, adormeci

Vendo um jovem solitário

Me mostrando um estuário

Numa foto que eu vi

05 Nos assuntos ele me disse

Que do alto da colina

Eu poderia contemplar

Um rio em sua declina

E mais além uma lagoa

Onde havia uma canoa

Com aparência de tina

06 Disse que a embarcação

Era para transportar

Alguém que se interessasse

Aquele morro escalar

O lago era uma enseada

Como se fosse uma estrada

Pra ir-a um belo lugar

07 Eu muito me interessei

A fazer o tal trajeto

Assim eu desci o morro

Naquele sonho incerto

Logo eu cheguei ao rio

Onde tive um arrepio

Por ver a tina ali perto

08 O que foi impressionante

É que o jovem lá estava

Aquilo me deixou confuso

Pelo que eu avistava

Como poderia ser

Se eu vira-ele descer

Onde carro estacionava?

09 Minha curiosidade

Me levou a perguntar-

Como foi que você fez

Pra antes de mim chegar

Pois no topo da colina

Você desceu a inclina

Que eu fora escalar

09 -Eu não posso responder-

Disse ele sem demora

-Precisamos embarcar

Pois está passando a hora

Vamos para o outro lado

Onde o clima respirado

Vai lhe dar boa memória

10 Na tina nós embarcamos

E as águas ela singrou

Eu muito me admirei

Quando num lugar chegou

Na terra por onde andei

Eu jamais presenciei

A beleza que mostrou

11 Não era mar nem lagoa

E nem o rio da visão

Era um piso de cristal

Resplandecendo um clarão

O ar puro do lugar

Me dava um bem estar

No pulsar do coração

12 Por duas horas vivi

Em meio às maravilhas

Contemplando as belezas

Que só em sonhos eu via

Foi mais um que aconteceu

Mostrando o mundo de Deus

Onde eternos são os dias!