Versinho farpado

Verso não teme patente

E o poema viaja além

Não troco o meu oxente

Pelo O-kay de ninguém

É tanta bobagem que ouvi

Tolice que nunca se acaba

Ministra, eu acho que vi

Jesus no pé de goiaba

Subiu aos céus, goiabeira

Mamadeira de piroca

Deusx, quanta besteira!

Ministra bebeu Ypióca

Seja no verso ou na prosa

Trans, moça ou rapaz

Se eu visto azul ou rosa,

Que diferença isso faz?

Não existe rima pra ôdi

Mourão, mourão, mourão

Assessor num é cargo pôdi

Olha que teta, filhão!

Base não é de concreto

A vara é de marmeleiro

O poste não fica ereto

Mourão do pauzin fuleiro

Língua não para na boca

General não é “capetão”

Toda besteira é pouca

Cala tua boca, mourão

Na cerca de arame, confia

Rimando, eu faço armação

Bozo num sabe onde enfia

A porra daquele mourão

Do índio eu sou devoto

Quero tudin demarcado

E se o arame for Motto

Então, cercou, tá cercado

Não queremos ditadura

Não viaje na imaginação

Hei, povo, “nóis que segura”

As rédeas da nossa Nação