REGIME MILITAR - ANGUSTIA DE UM BRASILEIRO

Regime Militar
Milton Jorge da Silva.
Angústia de um brasileiro.

Puxo pela memória
Na tentativa de lembrar.
Uma parte da história
Sobre o Regime Militar.

Ditadura Militar o que será
É forma de impor Governo.
Com poderes políticos sem par
Ditadura rimando com desgoverno.

Golpe de Estado para se concretizar
Um governo legítimo é derrubado.
Por forças de segurança militar
Intruso que não foi convidado.

Os militares brasileiros
Contam com grande apoio popular.
Passeatas no Brasil inteiro
Clamavam vem nos salvar.
 
Recordo-me que em meio à Passeata
Atordoado está um garoto menino.
Deslumbrado observa a carreata
Ouvindo acordes do Hino.

Tantas famílias reunidas
Na marcha com Deus pela liberdade.
Sem ideologias ou doutrinas
Almas inocentes de verdade.

Desfiles de grandes escolas
Tem até Parada Militar.
O Povo feliz com a vitória
Em sorrisos ao se abraçar.

O menino sem entender
O Porquê de tamanha felicidade.
Mas seus olhos podem ver
A união entre o Campo e a Cidade.

Ditaduras são marcadas
Por ausência de apoio popular.
Noto logo na largada
Que há algo estranho no ar.
 
Após a passeata a vida segue normal
A família tranquila a trabalhar.
Sem pressentir qualquer mal
Na vizinhança à rondar.

Antes me lembro de uma vassourinha
Varrendo a corrupção.
De um candidato que vinha
Arrastando a multidão.

Jânio Quadros assume o poder
Sufragado no voto de confiança.
Renuncia ao mandado sem prever
As consequências da mudança.

Assume o vice João Goulart
Em meio à desconfiança.
Dizem que o Congresso fez a arte
Cassando-lhe a esperança.

Ao impedir a entrada
Do comunismo no Brasil.
Goulart vendo a corda apertada
Para o Uruguai fugiu.
 
O Congresso Nacional
Declara o cargo de Presidente vago.
E em votação normal
O Militar Castelo Branco é empossado.

Sem rádio e televisão
A crise paira distante.
Brasília é o coração
Das decisões relevantes.

O período ficou conhecido
Como a quinta República.
A passeata antes referida
Exalta a posse pública.

Os politiqueiros envolvidos
Alegam ausência de democracia.
Vêm perseguição e perigo
Sem relatar a própria ousadia.

Estampam em alguns jornais
Censura e perseguição.
Sem revelar jamais
Sua parte na confusão.
 
Reclamam de direitos violados
De presos, mortes e torturas.
Guarda em segredo calado
Os crimes cometidos na aventura.

Humberto de Alencar Castelo Branco
Governa por quatro anos.
Há obras por todo canto
O país segue seu plano.

No país os cidadãos de bem
Em paz seguem à trabalhar.
Tudo o que o Brasil não tem
Eles assistem chegar.

Muitas Estradas traçadas
Tantas Pontes de união.
Eletricidade é espalhada
Norte e Sul em ascensão.

Do Leste ao Centro Oeste
Tudo se modificou.
Na terra onde dominava o faroeste
Muito progresso brotou.
 
Em pouco tempo outorgou
Uma nova Constituição.
O direito de greve limitou
Voto indireto para presidir a Nação.

Implantou a Pena de Morte
Para crimes contra a Segurança Nacional
Terroristas abusavam da sorte
Assaltos e atentados eram normal.

Arthur da Costa e Silva
É chamado à sucessão.
Forçado edita o AI – 5
Superpoderes nas mãos.

Para conter os assaltos
Sequestros e atentados.
Da guerra urbana no asfalto
E crimes planejados e executados.

O governo controla a censura
A lei passa a permitir cassação.
O mandato não garante e nem dura
Qualquer tipo de ação.
 
Apesar da radicalização
O Brasil avança e segue em frente.
Progresso e modernização
Estão tão próximos da gente.

Hidroelétricas gigantes
Redes de distribuição.
Asfalto bom que garante
Uma melhor circulação.

A visão do Brasil comum
Que desconhece o Ato Infracional.
Sem envolvimento algum
Com as manchetes de Jornal.

Sinto os pais empolgados
Nos dias de eleição.
Cada qual com o seu lado,
Governo ou oposição.

Aos poucos o menino cresce
Logo é jovem cidadão.
Na boa escola conhece
A força da Educação.
 
Os números da matemática
História, Ciências, Geografia.
Moral e Cívica são temáticas
Da Ética de todo dia.

Vida boa do interior
Paz e harmonia no lar.
Sem nunca se sentir inferior
Com sonhos por desvendar.

Caminhava pelas ruas
Sem temer nenhum assalto.
Fazia serenatas para a Lua
Violão solando alto.

Arthur da Costa e Silva morre
Uma Junta Militar o sucede.
As três forças juntas socorre
A ação que o país merece.

Aurélio de Lira Tavares
Representa o Exército.
Força Aérea traz dos ares
Márcio de Souza Melo
 
Augusto Rademaker
Comandante da Marinha.
O Brasil sente ter
A segurança que não tinha.

Mero mandato tampão
Com duração de dois meses.
Pena de Morte e perpétua prisão
Revolução subversão sem terem vezes.

O tempo passa depressa
O Brasil em evolução.
Desenvolvimento tem pressa
O progresso é a direção.

Emílio Garrastazu Médici
É eleito o terceiro presidente.
Em seis anos ele endurece
Com a oposição resistente.

Houve expansão do rádio
A moda é a televisão.
Ver a Seleção no estádio
Povo em euforia, seleção tricampeã.
 
Pelos jornais tomo conhecimento
Da existência de Luta armada.
Ousadia sem argumentos
Em assaltos às mãos-armadas.

É criado o DOI-CODI
Responsável por investigação.
Dizem que ele sacode
Os muros da repressão.

Mortos e desaparecidos
Pela esquerda são contabilizados.
Os seus atentados conhecidos
Escondem-se os resultados.

A guerrilha finalmente sufocada
Lá para as bandas do Araguaia.
A esquerda é espalhada
Há quilômetros de raia.

Brasil ame-o ou deixe-o
Em cartazes em profusão.
Radicalismo com freios
Grita que é perseguição.
 
Porém nada acontece
Com o brasileiro de bem.
Que em seu labor permanece
Sem enfrentar ninguém.

A Esquerda se espalha
Pelos países vizinhos.
Nova fronte de batalhas
Para voltar ao velho ninho.

Assume Ernesto Geisel o comando
Quarto presidente militar em ascensão.
De início vai sinalizando
Com a redemocratização.

Põe fim ao AI-5 acaba a exceção
Permite coexistir oposição e situação.
Bipartidarismo traça nova direção
Passo para a redemocratização.

Eleição para governo dos Estados
Ampla vantagem da oposição.
Grande passo conquistado
Novo querer da Nação.
 
Eleito João Figueiredo
Para o fim de o regime sacramentar.
Anistia a todos sem medo
Todos os guerrilheiros podem voltar.

Num momento generoso
O Brasil de reuniu.
Irrestrita anistia à numerosos
Brasileiros sem Brasil.

A volta é comemorada
Na promessa do perdão.
Percebe-se nova escalada
No resultado da eleição.

Porém a esquerda não esquece
Das torturas que sofreu.
Sede de vingança permanece
O perdão não convenceu.

Agressões físicas queimaduras
Choques elétricos, socos e pontapés.
A perda da dentadura
Palmatória, pau-de-arara nos pés.
 
Produtos químicos e ácidos
Provocando queimaduras.
Quem sofreu não esquece fácil
Feroz sinal de tortura.

Há outro lado da história
De muito progresso e bonança.
Nunca se reconheceu a glória
Apenas aguardam a vingança.

Por uma questão de Justiça
Convém relembrar os fatos.
A memória se atiça
Ao relembrar tantos atos.

O Governo Militar aumentou
A área do mar territorial.
As duzentas milhas se incorporou
Gerando enorme potencial.

O Proálcool foi idealizado
Carro a álcool é pioneiro.
Projeto concretizado
Orgulho para o Brasil inteiro.
 
Descobriram a Bacia de Campos
Com muito petróleo à jorrar.
A produção aumenta um espanto
80% do consumo é retirado do mar.

Constroem o Polo de Camaçari
Maior complexo do hemisfério Sul.
Satisfeito até hoje o baiano ri,
O horizonte tornou-se azul.

Aeroporto Internacional de Guarulhos
São Paulo cresce e quer voar.
O Militar sem fazer muito barulho
Faz o progresso chegar.

No Rio Grande do Norte,
A Barreira do Inferno em Natal.
Foguetes vão tentar a sorte
De descoberta fenomenal.

Alcântara no Maranhão
Ganha Centro de lançamento.
Foguetes que voarão
O Brasil em crescimento.
 
Num olhar para o necessitado
Criaram a aposentadoria rural.
Mantida com o imposto arrecadado
Através do FUNRURAL.

Idealizam o FGTS para o trabalhador
O Fundo no futuro irá permitir.
Para o casal sonhador
A casa própria adquirir.

Para os índios surge a FUNAI
Na rede de proteção.
Com segurança o índio vai
Ter acesso a melhor educação.

Surge o Projeto Rondon
Estudantes vão conhecer o Brasil.
Formar cidadãos dos bons
Em atividades mil.

Instituem o Seguro Agrícola
Segurança para os agricultores.
A perda da safra agrícola
Não causará dissabores.
 
A eletricidade se espalha
No sul através da Eletrosul.
A eletricidade não falha
Segue iluminando o sul.

No norte a Eletronorte
Espalha iluminação.
O nortista guerreiro forte
Recebe a luz com emoção.

Hidroelétrica da Boa esperança
Nasce no Rio Parnaíba.
O desenvolvimento avança
Crescer é a única saída.

A hidroelétrica de Itaipu
Por tempos a maior do mundo.
Abastece Norte e Sul
O resultado é profundo.

Os amigos do Paraguai
Associam-se na execução.
O excesso que para lá não vai
Compramos a consumação.
 
Itumbiara e Goiás
Recebem a Hidroelétrica
É a luz iluminando locais
Antes de escuridão tétrica.

Em Itá-RS o progresso avança
Hidroelétrica em Tucuruí no Pará.
Ilha Solteira eletricidade e esperança
Nova hidroelétrica em Jupiá.

Minas Gerais constrói São Simão
Usina de Foz da Areia no Paraná.
Maribondo é Usina na divisão
São Paulo e Minas Gerais, lá e cá.

Barragem de Barra Bonita acena
Tem Hidroelétrica em Bariri.
Chavantes usa o Rio Paranapanema
Capivara também lá eu conheci.

Jaguari fica no Rio Jacareí
Hidroelétrica em Promissão.
Volta Grande em Minas observei
Ibitinga Hidroelétrica em operação.
 
Água Vermelha atende
São Paulo e Minas Gerais.
O brasileiro vê e entende
O trabalho que satisfaz.

Duas Usinas Atômicas Nucleares
São construídas no Rio de Janeiro.
Angra I e Angra II raros exemplares
Fins pacíficos e altaneiros.

Ressalta na visão do olhar
As Linhas de Distribuição.
Fios de energia cortando o ar
Aumentando a produção.

Sistemas de Correntes Contínuas
Estações rebaixando as Alternadas.
Torres em extensões contíguas
A distância vira nada.

O Brasil a se integrar
Leste, Oeste, Sul e Norte.
Luta para não se deixar entregar
A Amazônia é nosso forte.
 
Pontes unindo o Brasil
Estados com trânsito incorporado.
Estradas cortam os rincões do Brasil
Progresso para todos os lados.

A Ponte Rio Niterói
Marca a nossa engenharia.
A arquitetura constrói
O que antes era fantasia.

Uma ponte liga São Paulo
Ao Mato Grosso do Sul.
Engenharia com preparo
Unem o Centro Oeste e o Sul.

Asfalto para todos os lados
De Presidente Prudente à Cuiabá.
Porto Velho e Manaus integrados
Belém-Brasília um sonhar.

Cuiabá-Santarém com cidades a brotar
Lucas do Rio Verde, Sorriso, Guarantã,
Novo Mundo, Colíder, outras por chegar,
Sinop, Nova Bandeirantes cidades irmãs.
 

A transamazônica tão extensa
Não deu tempo para terminar.
De Cabedelos-PB, até Lábrea-AM.
Quatro mil quilômetros para rodar.

Manaus-Boa Vista, Imigrantes,
Rodovia Castelo Branco.
Rio-Santos é integrante
Construções que causam espanto.

Rodovia do Café para viajar
Paranaguá ao Norte do Paraná
Foz do Iguaçu liga a Paranaguá
Ponte da Amizade para internacionalizar.

Paraguai e Argentina
Parceiros do Mercosul.
Tríciple Fronteira linda
Entrelaça irmãos do Sul.

Auto Estrada FREEWAY
De Porto Alegre a Osório.
Estrada moderna que vem
Afastar o gesto simplório.
 
Descobre-se o ferro em Carajás
Investe-se em ferrovias.
Linha de eletricidade faz
Chegar em Carajás a energia.

Ponte mista em Marabá-PA
Sobre o Rio Tocantins.
O Povo passa a sonhar
Chega o progresso enfim.

Porto de Itaqui no Maranhão
Terminal Marítimo na Ponte do Madeira.
Progresso em toda a Nação
Brava gente brasileira.

Da SUDAM a criação
Leva para a Amazônia progresso.
Zona Franca em Manaus traz projeção
Gera empregos sem retrocesso.

A criação de TELEBRAS
Dá acesso a boa comunicação.
Micro ondas leva e traz
O sistema em evolução.
 
A televisão em Branco e Preto
Logo ilustrará as cores.
Intelsat satélite é direito
Brasilsat é sonho e flores.

Estação Terrena de Comunicação
De qualidade internacional.
Tanguá-RJ em ação
Estação especial.

Criação da Embratel
Para coordenar a comunicação.
O comando do Quartel
Sempre em evolução.

Metrôs são construídos nas capitais
São Paulo, Rio de Janeiro,
Porto Alegre, Recife, é demais
Obras no Brasil inteiro.

A duplicação de rodovias
Vira mania no Brasil.
Exemplo de engenharia
Que vai se São Paulo ao Rio.
 
Em São José dos Campos
Surge a grande Embraer.
O sucesso franco é tanto
Que só não vê quem não quer.

Nos campos a soja se alastra
Buscando novas fronteiras.
O regime militar cria a Embrapa
Orgulho dos brasileiros.

Através do Mobral
Investe-se na alfabetização.
Povo educado na moral
Vai esquecendo o grilhão.

Para os jovens estudantes
Criam o crédito educativo.
Aquele sonho distante
Aos poucos se realiza.

Na secura do nordeste
Investe-se na açudagem.
Arroja do Lisboa é teste
Banabuiú é pura coragem.
 
O Rio Grande do Norte
Ganha o açude de Açu.
A seca não causa mais morte
Açudes de norte a sul.

Combustíveis tabelados
Preço único no Brasil.
O frete bem controlado
Povo unido e varonil.

O sistema Cantareira
Garante água para São Paulo Capital.
Tanta água na torneira
O sistema flui geral.

Represas são conjugadas
Formando imenso reservatório.
Paiva de Castro, Águas Claras,
Cachoeira, feito mais que notório.

Represas de Atibainha e Jaguari
Encontra-se com a Jacareí.
Águas como nunca vi
A seca longe dali.
 
O INAMPS é criado
Pelo Governo Militar.
Falta de assistência é superado
Gratuidade exemplar.

Em Campinas a UNICAMP
Dá exemplo de boa educação.
A universidade encanta
O futuro em gestação.

Ensino objetivo regular
Visa a profissionalização.
Quatro anos no escolar
O Ginasial abre opção.

Científicos biológico e matemático
Cursos Contábil ou Normal.
Formatura é momento mágico
Na festa tradicional.

A criação do BNH
Chega a causar comoção.
Seis milhões de pessoas com lar
Baixa renda passa a ter habitação.
 
O INCRA em ascensão
Distribui terras aos brasileiros.
Deodápolis é a comprovação
De um projeto pioneiro.

Mundo Novo e Sete Quedas
Eldorado e Japorã.
Mato Grosso do Sul herda
Paranhos e Ponta Porã.

Sito apenas o que conheço
Há outras cidades no Brasil.
No entanto nelas reconheço
Esse trabalho varonil.

Promulgam o Estatuto da Terra
E o programa de integração nacional.
Reforma agrária sem guerra
Sem invasão anormal.

Brotam agroindústrias fortes
Por todo Norte e Nordeste.
Vale do São Francisco é o norte
Frutas no vale enobrecem.
 
Programas pecuários e minerais
Integram a Amazônia.
Rondônia a reforma agrária se faz
Integrar não gera insônia.

Vilhena, Ji-Paraná
Ariquemes e Cacoal.
Rolim de Moura aí está
Alta Floresta cresce normal.

O Território passa a ser Estado
Outra estrela na Bandeira.
Progresso cresce é notado
Há muita gente na feira.

Muitas foram as realizações
Dos Governos do Regime Militar.
Esconder essas gestões
É a infraestrutura ocultar.

Não consegui falar de tudo
Há outras grandes obras a relatar.
Principalmente no estudo
Ética e moral de sonhar.

 
O Eco do grito Diretas já
Queremos votar em presidente.
Leva o povo a imaginar
Que o futuro está presente.

O Poder é transferido
Para o Governo Civil.
Tancredo Neves é ungido
Presidente Civil do Brasil.

No entanto houve um enlace fatal
Que fez chorar o Brasil.
Entre a decepção total
José Sarney assumiu.

No comando da nação
Um desacerto total.
A luta contra a inflação
Parece não ter final.

O Cenário torna-se apropriado
Para surgir a figura do salvador.
Fernando Collor bem votado
De Marajá diz-se caçador.
 
Assume com muita pompa
Em festa monumental.
Sequestra toda a poupança
Num roubo fenomenal.

Indispõe-se com o Povo
Perde a base no Congresso.
Impethemam é fato novo
Lei que impede o retrocesso.

Logo a esquerda organizada
Comanda o impedimento.
A farra parece finalizada
Oh! Engano mais cruento.

O mineiro Itamar Franco
Assume as rédeas da Nação.
Com calma e sem solavancos
Recomeça outra gestão.

Implanta o Plano Real
Estabiliza a economia.
Inflação volta ao normal
Na vida do dia à dia.
 
Para comprar o feijão
Não é preciso um saco de dinheiro.
O povo volta a ter noção
Graças ao vice-presidente mineiro.

Fernando Henrique Cardoso
É eleito e reeleito presidente.
Oito anos no papel de poderoso
Para legar um país descontente.

Inicia a ação dos programas sociais
Bolsa Escola, Vales Gás, Alimentação.
São programas federais
Com dona Ruth Cardoso na direção.

Luiz Inácio da Silva o Lula
Perdia toda eleição.
Graças a teimosia de mula
Chega ao topo da Nação.

Percebe que os governos anteriores
Insensíveis aumentaram a fome.
Explorou bem esses fatores
Para construir seu nome.
 
Juntou diversos programas sociais
Com o nome de Bolsa família.
Cartão com pagamentos mensais
Pensou que jamais ruiria.

Surfou na onda boa
Do comércio internacional.
Reeleito riu atoa
Sentiu-se o cara especial.

Por debaixo dos panos
Meteu-se a fazer negociatas.
Fazia parte dos planos
Viver sempre na mamata.

Inventou sua sucessora
Dilma Rousseff ministra desconhecida.
Enquanto a família esbanjadora
Foi ficando conhecida.

Os filhos geniais
Com a riqueza nas mãos.
Tornam-se Midas oficiais
Para garantir a ostentação.
 
Dinheiro não nasce em árvore
O volume chama a atenção.
O cenário se descolore
Lava Jato descobre a corrupção.

Dilma Rousseff faz o primeiro mandato
Na base da proteção.
De um Lula sem mandato
Mandando em toda a nação.

Mesmo com tantos sinais
Dilma Rousseff se reelege.
Há problemas pontuais
A sujeira logo emerge.

A propina nos Correios
Descamba no Mensalão.
Joaquim Barbosa usa os freios
De que dispõe a nação.

Poucos são os condenados
Empresários e Políticos de plantão.
No entanto o Lula passa de lado
Não sabe de nada não.
 
José Dirceu da Casa Civil
É o gênio idealizador.
O guerrilheiro do Brasil
Sente que o Barco afundou.

Com ele Marco Valério
No marketing da enganação.
Pecado é como adultério
Curados numa prisão.

Outros entrelaçados e condenados
Socorrem-se da delação.
Somente José Dirceu é presenteado
Pelo afilhado de plantão.

José Dirceu fora da cadeia
Prega a desagregação.
Tem a guerrilha na veia
Quer ter o poder nas mãos.

Ameaça que desta vez
Não será através de eleição.
Pretende voltar outra vez
Sem lei ou constituição.
 
O Supremo Tribunal
Esquece-se da Constituição.
A ideologia pega mal
Não serve para a Nação.

A Operação Lava Jato
Investiga um Posto de Combustível.
Grampos vão virando fatos
De corrupção indescritível.

As delações vão pondo em cheque
O reinado do Tripléx.
A lei buscando por breque
Enquanto a Nação derrete.

Dilma Rousseff é impedida
Por causa das pedaladas.
A Esquerda enfurecida
Grita que é golpe e cilada.

Enquanto a família Lula
Afoga-se em dinheiro.
A tese das palestras não dura
E nem explica o roteiro.
 
O rolo vai aumentando
Surge o sítio de Atibaia.
A Justiça vai bloqueando
Os ganhos com as maracutaias.

Lula perde-se em discursos
Tentando justificar.
A origem dos recursos
Que conseguiu amealhar.

Alma pura e inocente
Um Cristo para o Calvário.
Argumentos improcedentes
Para enganar otários.

Em conluio com o PT
Lança-se candidato a Presidente.
Vê a pretensão se perder
Vaias e pedradas são chapas quentes.

A Caravana do fracasso
Em vários Estados é rechaçada.
Vaias e muito descaso
Quando não leva pedrada.
 
O processo em Curitiba
Resulta em condenação.
Ao final contabiliza
Oito anos de prisão.

Advogados de Lula
Insistem em recorrer.
Dizem que no Tribunal têm a bula
Para o caso reverter.

Lula sente se aproximar
O dia de sua prisão.
Abre o bico e começa a falar
Quando é pego na gravação.

Critica o Juiz Sérgio Moro
Ridiculariza o Tribunal.
Haja falta de decoro
Para estancar o mal.

O advogado instrui
Como ter a salvação.
O único álibi que flui
É se aproveitar da lentidão.
 
Por favor vire Ministro
Cargo honroso e respeitado.
Nesse ambiente sinistro
Vige o foro privilegiado.

Os crimes serão esquecidos
Ou no mínimo engavetados.
Na República de bandidos
Há crimes que são apagados.

Com recursos dos recursos
Habeas Corpus de montão.
Aguarda-se o decurso
Da sonhada prescrição.

Quem sabe a Segunda Turma
Do soltador Gilmar Mendes.
Com Tóffoli e Lewandoski se enturma
Solte-te e prende quem prende.

O juiz da Lava Jato
Manda divulgar o vídeo.
A transparência do ato
Provoca imenso alarido.
 
No cargo Dilma Rousseff presidente
Tramando contra a nação.
Salvo conduto indecente
Para salvar o ladrão.

O vídeo logo viraliza
Pelas redes sociais.
O povo se mobiliza
A ousadia é demais.

No Supremo Tribunal
Surge uma estranha interpretação.
O conteúdo não faz mal
Ilegal é a divulgação.

A prova não é mais prova
Há ordem de retirada.
Nas redes sociais o povo desaprova
O tamanho da ursada.

Na Câmara Dilma Rousseff é impedida
Está destinada ao porão.
O Tribunal encontra uma saída
Rasgando a Constituição.
 
O Ministro Presidente
Do Supremo Tribunal.
Mantém mordomias indecentes
Na maior cara-de-pau.

Da nação ela só perde a direção
Sobrevivem importantes regalias.
Pela primeira vez condenação
É conquistar a Ilha da Fantasia.

Motoristas, seguranças
Bons carrões para passear.
Salários são mera poupança
Para os contribuintes pagar.

Enquanto no Tribunal Federal
Lá da quarta região.
O Recurso de Lula se dá mal
A sentença tem mais que confirmação.

A pena é aumentada
Diante de vasta prova.
Não adiantou nada
A falácia que estorva.
 
O político trambiqueiro
Diante da confirmação.
Para o Sindicato segue o roteiro
Militância vira tábua de salvação.

Discursos sem conteúdo
Uma patética visão.
Militância faz de tudo
Para salvar o ladrão.

Em Curitiba é expedida
A Ordem de Prisão.
A revolução pretendida
É rosnar de fanfarrão.

A Polícia Federal negocia
Para evitar uma brutal invasão.
Enquanto Lula fantasia
A tese da perseguição.

Sem alternativa
O jeito é se entregar.
Com plateia e audiência ao vivo
Para o mundo acompanhar.
 
De uma cela especial
Sonha em comandar a nação.
Quer a sede da Polícia Federal
Funcionando como Comitê de eleição.

Visitas e mais visitas
Regalias de montão.
Cartas e ordens escritas
De dentro da prisão.

O Partido aliado
De tantos anos no Poder.
Submete-se de bom grado
Ao sonho do preso se eleger.

Recursos vão sendo negados
Nos Superiores tribunais.
Esperneios dissociados
De todos meios legais.

A Lei da Ficha Limpa
Impede a candidatura.
Lei popular e supimpa
Vinda de anterior legislatura.
 
Novo governo a se instalar
Lá no Planalto Central.
Onde o Vice-presidente comandará
Até o dia final.

Michel Temer é taxado
De Vice-presidente traidor.
Quieto que comeu calado
Na visão do opositor.

Esquerdistas em desespero
Em ferrenha oposição.
Gritos de ordem e destempero
Saudades da situação.

Reformas são ensaiadas
Sem nunca sair do papel.
As contas das pedaladas
Qual confusão de bordel.

O déficit monumental
É um ponto fora da curva.
A corrupção infernal
Naufraga em águas turvas.
 
Os fatos da Lava Jato
Respingando no novo Presidente.
Para manter o mandato
Pisará em chapa quente.

Para não ser processado
Corrompe os aliados.
Eita mandato caro danado
Nesse Sistema safado.

O Congresso é transformado
Em balcão de negociatas.
Cada qual puxa de um lado
O toma lá dá cá em alta.

O Governo se sustenta
No voto da acomodação.
Um dia a corda arrebenta
Ninguém segura mais não.

Em meio a tantos conchavos
É tempo de eleição.
Candidatos querem as chaves
Dos cofres da nação.
 
A esquerda se articula
Sonha em ganhar a eleição.
A ideia de indulto madura
É tábua de salvação.

Candidatos identificados
Pela imprópria ideologia.
O jogo bem desenhado
Na Ilha da Fantasia.

Há Bolos de movimentos
Adeptos de invasão.
Marina e o verde reflorestamento
E o desmate na contramão.

Ciro Gomes e o exemplo do Ceará
Onde sobra desenvolvimento.
Nada do povo acreditar
Falácias sem envolvimento.

Geraldo Alkmin em despreparo
Metrô e Rodoanel lembram a corrupção.
De nada adianta ter preparo
Se o povo busca isenção.
 
Álvaro Dias lá do Paraná
Traz o discurso de austeridade.
Porém não basta apenas falar
O povo busca sinceridade.

A farsa do Lula candidato
Mantém o PT prisioneiro.
Arrogância sem mandato
Piada no país inteiro.

Por fim Fernando Haddad se disfarça
Pousa até de Camaleão.
Enquanto o Lula sem graça
É forçado a passar o bastão.

Amoedo traz o novo
Com ideias interessantes.
Porém não conquista o povo
Fica para outro instante.

Metido em polêmicas ousadas
Surge Jair Bolsonaro.
Por respostas admiradas
No grito mostra preparo.
 
Os eleitos criaram o Fundo Partidário
Sugando impostos do povo.
Eleição vira um ótimo crediário
Oh! Leizinha sem decoro.

Investem no tempo de televisão
Coqueluche do Sistema.
Onde candidatos com a maqueação
Viram astros de cinema.

Falar muito já não convence
O tiro sai pela culatra.
As redes sociais vencem
Pois a realidade retrata.

As grandes Mídias Globais
Tentando manipular a eleição.
Na frente supostos interesses gerais,
Na tela da ficção.

Em um Partido nanico
Bolsonaro se alistou.
Com excesso de senso crítico
Abraçou o que sobrou.
 
Defensor ferrenho da família
Da igreja e do cristão.
As polêmicas em sua trilha
Aumentam a admiração.

O Kit Gay vira pó
Por força de sua ação.
A Mídia capricha sem dó
Na arte de propagar rotulação.

Graças às redes sociais
Bolsonaro conquista uma legião.
Seguidores voluntários e imparciais
Tecendo a rede de proteção.

Enquanto os demais pretendentes
Continuam viciados na mesmice.
Sem votos para chegar a Presidente
Afogam-se em tolices.

Bolsonaro é ovacionado
Nos braços da multidão.
Novo talento é revelado
Distante da televisão.
 
A empreitada criminosa
Com crimes indesvendáveis nas costas.
Ignorante cruel e rançosa
No crime faz nova aposta.

Na cidade de Juiz de Fora
Aplica a facada fatal.
A segurança sem demora
Prende o estranho anormal.

Suposto Lobo solitário
Sem vínculo ou relação.
Finge-se de visionário
Para justificar a ação.

Bancas de advogados
Dos mais caros da Nação.
Por um anjo são contratados
Aumentando a suspeição.

Em aeronaves locadas
Chegam instantaneamente.
A contratação é negada
E até o anjo desmente.
 
A defesa que soltar
O ofensivo agressor.
Que na prisão vai aguardar
A magia do defensor.

Bolsonaro é socorrido
Ao vivo na televisão.
Escapou de ter morrido
Para desespero da oposição.

Os médicos da Santa Casa
Dedicam-se em urgente operação.
Pois a facada ultrapassa
Órgãos vitais para a ação.

Noutra coisa não se fala
Pelos lares da Nação.
A dúvida jamais se cala
Há dedo da oposição.

Enquanto isso o Capitão
Para São Paulo é deslocado.
Necessita de nova operação,
Risco de vida é complicado.
 
O povo recorda Celso Daniel
E o prefeito Toninho do PT.
Fantasmas de um retrato cruel
De crimes sem resolver.

Os Jornais manchetearam
A morte de diversas testemunhas.
Balas e acidentes as calaram,
Arquivos mortos nas unhas.

O povo recorda Tancredo Neves
Que lutou pelas eleições diretas.
Eleito de vida tão breve
Morreu ou foi tirado da reta?

O Brasil tem seus mistérios
Como essa facada na eleição.
Que equiparou os critérios
Do tempo de televisão.

Bolsonaro convalesceu
Renasceu superior.
Recuperação que a todos surpreendeu
Foi milagre seu doutor.
 
Um mês fora da disputa
Aniquila a oposição.
O povo sai às ruas e vai à luta
Para eleger o Capitão.

O povo manda imprimir camisetas
Compra e as veste com orgulho.
A mídia perde audiência e vinheta
O verde-amarelo faz barulho.

Pelas redes sociais
Todos os rótulos são quebrados.
Há respeito por demais
O sistema é ironizado.

Espero poder contar para os netos
O dia em que o Brasil acordou.
Dizer que com coragem e discreto
O povo se empenhou.

Votou no primeiro turno
A diferença foi uma lavada.
Quase que não dá segundo turno
A esquerda ficou assustada.
 

Direi que vi as Bandeiras vermelhas
Com vergonha de se mostrar.
Que ouvi o ruir da estrela
Em cacos de esfacelar.

Que vi um candidato ser ungido
Da cela de uma prisão.
Que tentou disfarces sem sentido
Para enganar a nação.

Fernando Haddad e a vice Manoela
Disfarçam-se até de Cristãos.
Enfiam pela goela
Hóstia sem consagração.

Pintam-se com as cores do Brasil
No disfarce do candidato Camaleão.
O Povo fica só observando
O engenho da armação.

As igrejas evangélicas
Recebem o novo casal cristão.
De tantas ideias bélicas
Sem fé ou religião.
 
Dia a dia contando
Com a certeza nas mãos.
A hora do voto aguardando
Para confirmar o Capitão.

Fernando Haddad sem audiência
Finge que quer um debate.
Bolsonaro com prudência
Seu argumento rebate.

A televisão desacreditada
Sente sumir a audiência.
Manda dar uma pesquisada
Quer saber o que a rede pensa.

Descobre que o internauta
Não aceita qualquer manipulação.
Que há no ar nova pauta
Distante da Televisão.

Uma folha de Jornal
Sente falta de leitor.
Inventa fatos e se dá mal
O eleitor não acreditou.
 
A oposição aposta
Numa virada final.
Uma mentira que possa
Virar comoção geral.

Percorrem todo o Nordeste
Onde ainda resta aceitação.
No norte, Sul e Sudeste,
Não contam com aprovação.

Por todo o Centro-Oeste
O verde-amarelo se alastrou.
O povo sabe e conhece
O quanto à esquerda se aproveitou.

Ainda assim no Nordeste
A onda verde-amarelo chegou.
Mesmo no terreno do agreste
A esperança brotou.

Pobres irmãos nordestinos
Enfrentando o julgo dos coronéis.
Buscam por um novo destino
São eleitores fiéis.
 
Do leito do hospital liberado
Surge um novo Capitão.
Mais sábio e ponderado
Pensa firme na nação.

Finalmente o grande dia
Com expressiva votação.
O mito espalha alegria
Há festa em toda a nação.

A oposição tenta juntar
Os cacos da velha estrela.
Prometem que vão atrapalhar
Como fazem a vida inteira.

O eleito bem ponderado
Faz um convite à união.
À esquerda em desagrado
Convoca para manifestação.

Esse velho filme já assisti
Lá pelos anos sessenta.
Quando terroristas foram abrir
Uma guerrilha sangrenta.
 
Os guerrilheiros pretendiam
Derrubar à força o Regime Militar.
No radicalismo seguiam
Fazendo bombas estourar.

Movimento Nacionalista Revolucionário
Grupo de atividades armadas.
Para o militarismo não era páreo
Jogada burra danada.

Aos poucos foram surgindo
Vários grupos radicais.
POLOP – COLINA –UPR – vindo
POC – VAR – grupos demais.

A tática da guerrilha cruel
Teve um grande mentor incentivador.
Carlos Marighella é seguidor fiel
De Cuba trouxe o horror.

A estratégica é fomentar
Lutas no campo e cidade.
Para a ação política transformar
A mentira em verdade.
 
O ideal é destruir
Toda máquina militar do Estado.
Armar o povo e confundir
Num golpe bem planejado.

Apreenderam manuais ensinando
A extinção física de o comando militar.
As expropriações de bens pregando
O crime é capitalizar.

O guerrilheiro deve sobreviver
Para roubar e expropriar.
Latifundiários devem morrer
Para a revolução triunfar.

Explosões, roubos, assaltos,
Raptos de personalidades.
A insanidade grita alto
No campo e na cidade.

Sobre intensa pressão
O Regime Militar endureceu.
Até hoje está em discussão
Quanto morreu e desapareceu.
 
Inventaram a Comissão da Verdade
Para fazer valer a mentira.
Anotaram com falsidade
Inverdades estão na mira.

A tese da guerra golpista
Somente se venceria com violência.
Explosões deixaram pistas
Nenhum lado é digno de inocência.

Guerrilheiro urbano armado
Que sabe manejar armas pesadas.
Não pode ser considerado
Um inocente camarada.

Escopetas e Metralhadoras
Morteiro, Fuzil e bazuca.
A ganância avassaladora
A inocência em sinuca.

Todo mundo recebendo
A tal bolsa ditadura.
O povo acaba conhecendo
A origem dessa fartura.
 
Antes do endurecimento
Bem antes do AI-5 em ação.
Bombas explodem ao relento
UNE e UBES não acatam a extinção.

O vigia do cine Bruni Paulo Macena
É a primeira vítima civil.
Seis inocentes feridos na cena
Por arte dos guerrilheiros do Brasil.

Numa emboscada fatal
Da Força Armada de Libertação Nacional
Carlos Argemiro Camargo é assassinado
Sargento do Exército não é condecorado.

Edson Regis de Carvalho
Jornalista pernambucano.
Aeroporto de Guararapes
Bomba explode sem engano.

Dezessete feridos e dois mortos
É o saldo da explosão errante.
Nelson Gomes Fernandes o outro morto
Da Marinha é almirante.
 
A explosão programada
Atinge também um Capitão.
Silvio Ferreira da Silva na emboscada
Sofre em quatro dedos a amputação.

O cidadão Sebastião Aquino
Também sofreu grave lesão.
A Perna amputada traça o destino
Do horror dessa ação.

Em Campinas de Goiânia em dia letivo
O colégio é invadido por estudantes.
Raimundo Carvalho faz parte do efetivo
Morto a tiros num instante.

Balas de festim para a desocupação
É morto por bala de verdade.
Não usava colete de proteção
Nem suponha tamanha ferocidade.

José Gonçalves da Conceição
Morto por Edmur Péricles Camargo
Da ala de Marighella o mandão
Invasão e antes foi torturado.
 
O filho tentou socorrer
Mas também foi baleado.
Assiste o pai morrer
Trancado e torturado.

Ozires Motta Marcondes
Quis impedir um assalto.
A chave do cofre esconde
Também foi assassinado.

O Banco Mercantil
O mesmo gerenciava.
De forma cruel e vil
Guerrilheiro assassinava.

Agostinho Ferreira Lima
Marinheiro da Marinha Mercante.
É vítima de ataque terrorista
A ousadia segue avante.

Ailton de Oliveira guarda penitenciário
Morre num ataque guerrilheiro.
Do Movimento Armado Revolucionário
Para libertar prisioneiros.
 
Marcio Kozel Filho soldado sentinela
Morre na explosão de camioneta.
Corpo dilacerado visão nada bela
Atentado programado de forma discreta.

Noel de Oliveira Ramos
Cidadão civil do Rio de Janeiro.
Morto num confronto de rua
Em que país nós estamos.

Nelson de Barros sargento militar
Na sexta-feira sangrenta.
Quebra tudo a se espalhar
É morto de forma violenta.

Edward Ernest Tito Otto
Major do exército alemão.
Na Gávea ele foi morto
Por mera confusão ou distração.

Os exaltados matadores
Pertenciam ao grupo COLINA.
Que espalhavam horrores
Gente de mente assassina.
 
Eduardo Custódio de Souza
Soldado da Polícia Militar.
De sentinela pousa
Até os sete tiros chegar.

Até hoje os terroristas
Não foram identificados.
Mataram sem deixar pistas
Ataques bem planejados.

Antonio Carlos Jeffery
Cruzou com a Vanguarda
Popular e Revolucionária.
Morto a tiros numa ação revolucionária.

Charles Rodney Chandier
Capitão do exercito americano.
Quatorze tiros por suspeição
De ser da CIA agência americana.

Wenceslau Ramalho Leite
Cidadão civil do Rio de Janeiro.
Quatro tiros de pistola que deleite
O COLINA faz vítimas no país inteiro.
 
Estanislau Ignácio Correia
Teve o seu carro roubado.
A violência brutal vagueia
Morto e depois enterrado.

Apenas para refrescar
A memória da Comissão da Verdade.
Que apenas de um lado foi buscar
Os heróis da falsidade.

Todos esses crimes ocorreram
Antes do Regime Militar endurecer.
O AI-5 eles buscaram e mereceram
Relembrar para não voltar a acontecer.

São quase os mesmos personagens
Que se aproveitaram do perdão.
Insistem em voltar a fazer bobagens
É causa sem solução.

Hoje estão velhos e maduros
Perdoados pela Lei da Anistia.
Querendo saltar no escuro
Para reviver a fantasia.
 
Confundiram liberdade
Com a libertinagem.
Do poder sentem saudade
Logo no início da viagem.

Nada aprenderam sobre democracia
São amantes de ditadores.
Aproximação vã e vazia
Quer pode causar dissabores.

O Presidente eleito
Pela vontade da maioria do Brasil.
Os votos merecem respeito
Não é primeiro de abril.

Se voto fosse mentira
A oposição ganhava a eleição.
A vontade do povo tira
O mandatário do plantão.

Espero que tenham juízo
Pois já sentiram a lição.
Invasão para causar prejuízo
É terrorismo em ação.
 
O radicalismo nada constrói
O tempo é de aceitação.
Aceitar o resultado não dói
Unidos pela nação.

Os ministros sendo anunciado
Gerando expectativas e admiração.
Honrados e bem preparados
Sem política na indicação.

O mundo civilizado
Aplaudem o Capitão.
O viés ideológico é afastado
Sorri o mundo Cristão.

A equipe de transição
Já começa a trabalhar.
Tomar ciência da situação
Para poder bem administrar.

A campanha eleitoral iniciou
Com poderosa oração.
Do mesmo modo terminou
Ao vivo oração na televisão.
 
Esquerdistas e comunistas
Descrentes no poder da oração.
Tentam encontrar uma pista
De como perderam a eleição.

Votou o Brasil Cristão
Varrendo do poder os ateus.
No voto e na oração
Vence o povo de Deus.

A mídia tendenciosa
Busca uma explicação.
A rede social poderosa
Humilhou a televisão.

O jornalismo aparelhado
Não consegui êxito na desconstituição.
Bolsonaro surfou folgado
Os rótulos não pegaram não.

Após o encerramento da eleição
O palanque preferido é a rede social.
Discurso simples e com emoção
Ensinam a nova moral.
 
A televisão tão dominadora
Reproduz o vídeo do celular.
Adentra a casa acolhedora
Para conhecer o amor do lar.

A esposa de Bolsonaro
Em sua simplicidade.
Nos rótulos dá um disparo
E recupera a verdade.

O Presidente eleito
Mostra em cada entrevista.
Moderação e respeito
Em cada ponto de vista.

O novo ministério vai sendo anunciado
Sem que haja o toma lá da cá.
Nomes de respeito são revelados
Há nova disposição no ar.

Onyx Lorenzoni para a Casa Civil
Paulo Guedes para a Economia.
Augusto Heleno na Defesa do Brasil
Marcos Pontes Ciências e Tecnologia.
 
Na Justiça Sérgio Moro
Para o povo é garantia.
De respeito e decoro
Há corruptos em agonia.

Ministérios extintos e agrupados
Ministros passam a ter função.
Com critérios são selecionados
Para os comandos da Nação.

Os ministérios extintos
Não provaram ter função.
Apenas cabides e labirintos
Para sugar os recursos da Nação.

Na Imprensa Internacional
Gritos de quem sabe nada.
Sequer se dão conta do mal
Das manchetes desinformadas.

Propositadamente confundem
A direita com o direito.
Em falsidade se unem
Descarados e sem respeito.
 
Não informam que o Petismo
Deu causa à própria destruição.
Com roubalheira e cinismo
Cleptocracia em meio à corrupção.

Preferem culpar o juiz
Sem sequer ler a Ação.
Ridícula sem saber o que diz
Investe na desinformação.

A cada nova nomeação
O Brasil aplaude à saudar.
Sente que há nova direção
Outras metas a alcançar.

A novidade surpreende
Cada qual no seu lugar.
Até a oposição se rende
Não tem muito que falar.

Para a Defesa um General
Um médico para a Saúde.
Juiz na Justiça é normal
Tudo dependerá de atitude.
 
Cientista irá cuidar
De Ciência e Tecnologia.
Sem argumentos para contestar
A imprensa apenas tripudia.

Vem das bandas de Israel
Para o Nordeste um sinal.
Água doce como o mel
Usinas para retirar o sal.

Irrigação em gotejamento
Para fazer o verde brotar.
Tecnologia e desenvolvimento
Para o sertão virar mar.

Na Bolsa de Valores o dólar cai
Já tem outra cotação.
Aos poucos o Brasil saí
Do viés da isolação.

Aos poucos o socialismo
Bem comum só de fachada.
Verniz para esconder banditismo
Da quadrilha no Planalto instalada.
 
Os recursos do B N D S
Contratos sob sigilo profundo.
Qual será o interesse
De se financiar o mundo?

Os impostos arrecadados
Para farras no estrangeiro.
O contribuinte explorado
Sequer conhece o roteiro.

O Capitão em campanha
Afirma que quer tudo esclarecer.
Esse segredo que assanha
A esquerda e seu poder.

Que tem no Foro de São Paulo
O disfarce das ditaduras.
Segredos secretos se enjaulam
Na imprensa sem cobertura.

Os mandões da América do Sul
Conluios de Ditaduras.
Céu tenebroso e sem azul
Mentes doentes e impuras.
 
Tudo isso é financiado
Com recursos da Nação.
À custa do povo explorado
Sem saúde, segurança e educação.

Riquezas e privilégios
Para os donos da Nação.
Para o povo sacrilégio
Progresso na contramão.

A esperança renasce
Nos brados do Capitão.
A verdade sem disfarces
Para libertar a Nação.

O Brasil acima de tudo
E Deus acima de todos.
Protestar e não calar mudo
Povo unido é poderoso.

A maioria do Brasil
Definiu a direção.
Com seu voto varonil
Quer respeito pela eleição.
 
Para quem não quer entender
O porquê do voto nessa eleição.
Alguns dados vão dizer
O motivo e a razão.

Analfabetos 45% da Nação
Mais de 50 mil mortes violentas
Que causam indignação
Afora a corrupção virulenta.

Piada de mal gosto falar em democracia
Onde tudo se resolve no balcão.
Pois o acerto privilegia
O negociador de plantão.

A representatividade política
Está falida no Brasil.
Voto é a atividade
Mais vendável do Brasil.

Presidencialismo de conchavos
Mantendo a corrupção.
O dólar pagando em centavos
Toda essa prostituição.
 
Indignação explode nas ruas
Sem saber contra o quê.
Federação é mundo da Lua
Votaste a favor de quê?

Reacionarismo leva ao caos
A esquerda perdeu-se em populismo.
Todo autoritarismo faz mal
Conhecemos o do Petismo.

Quem sabe a direita fardada
Tenha aprendido a lição.
Trace uma nova jornada
No desenho da eleição.
FIM.
Milton Jorge da Silva Escritor
Enviado por Milton Jorge da Silva Escritor em 06/03/2019
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