MEU MELHOR TEMPERO (Por Sérgio Borges)
Nosso melhor tempero pertence a ninguém,
Ele vem do jiló e do quiabo refogado também.
Porque "nois" come o que realmente convém.
Até Cambuquira, Taioba, "é bão demais trem"!
Outback, Paris6, Coco Bambu e até o Kampai,
De fato, são nomes bonitos, famosos demais,
Mas meu bolo frito e o chá de capim cidreira,
Nesses lugares cê não vê e não come jamais.
Graveto seco de pé de laranja, tudo esquenta,
Feijão de caldo grosso é bão feito na trempe.
Com dente de alho caindo na banha de porco,
Vizinho de botijão cheio, o cheiro não aguenta.
E se der "estambo ruim", ou até dor de barriga,
Vai no quintal, pega o boldo e toma sem briga.
Não passou o problema e continuou a fadiga?
Ainda resta o Mastruz pra matar as lombrigas.
Ganhar o mundo é ser grato pelo conquistado,
Sentar na varanda e ver a samambaia no vaso.
Tirar a poeira no rosto da avó no porta-retrato,
Pois o que é eterno, não precisa ser Postado.