MESMA COR

O homem ambicioso

Só pensa em riqueza

Deixando o mundo pior

Destruindo a natureza

Cada qual por si só

Não pensa no seu povo

A lama que desse do alto

Esse ano vem de novo

Lastreada por cobiça

Do capital estrangeiro

O sistema ambicioso primeiro

Depois a pior das carniça

O pobre povo brasileiro

A ganância e a cobiça

A maldade e a corrupção

O fio metal atiça

Destruindo a nação

Vendendo as riquezas

Destruindo rio e mares

Espalhando miséria

Por todos os lugares

Catástrofes e tragédia

É a única certeza

O Império do poder

Comanda a destruição

Faz o homem sofrer

Castrando a educação

Com uma grande produção

De bens e serviços

O que sobra para a população

É muito pouco disso

Ficando o dinheiro

Nas mãos dos banqueiros

O banquete inteiro

Prós grupos econômicos

Ficando um petisco

Pro cansado povo brasileiro

Não se tem mais emprego

Só ficou o capital

O boia fria esquecido

Nas favelas se maginal

O tráfico e o roubo

Foi só o que restou

Pois até o professor

Na sua luta foi pego

Com as migalhas que sobrou

Do banquete dos capitalistas

Por isso o povo revoltado

Luta por suas conquistas

Com seu irmão ao lado

Nas ruas reclama

E sua revolta proclama

Daquilo que foi roubado

O filho do rico tem escola

Saúde e educação

Carro e moradia

Do pobre falta até pão

Se tiver sorte se cria

Nos sinais pedindo esmola

Com treze anos

No tráfico se inicia

Na esquina com o cano

Ao rico se anuncia

Pois da falta de planejamento

O sistema assim queria

O rico com tudo

Pro pobre só tormento

O maior absurdo

A cada dia que passa

A vida fica pior

Pro povo brasileiro

Falta saúde e estudo

Comida, casa é dinheiro

Sobra fome e miséria

Sua casa é a favela

Dominada pelo traficante

E a milícia atuante

Unidas para o roubo

Restando apenas a morte

Pro famigerado povo

Que so por pura sorte

Amanhã vê o sol de novo

Em quanto em sua conta

O sistema tem muito saldo

Seus filhos empregados

Nas salas e gabinetes

Pro povo resta a lama

A sugeira e a trama

A pobreza e o cacete

Pra onde o vento aponta

Tem desgraça pra todo lado

Pro homem que foi capado

Da sua vida viver

Por conta de um safado

Que o pobre quer fuder

Um dia no fim do mundo

O pobre vai aprender

Que na terra é maioria

É pode fazer acontecer

Tomando o seu lugar

No comando da nação

Fazendo com que o pão

Seja por todos repartidos

Tratando com igualdade

Seus entes mais queridos

Valorizando a natureza

Os rios, as montanhas e suas belezas

O índio e sua região

O sertanejo no sertão

O trabalhador nas cidades

Valorizando o trabalho

Esse sim é o atalho

Pro fim das calamidades

Com o povo no poder

Ai todos vão ter

Saúde, casa e educação

Trabalho e lazer

O fim da corrupção

A natureza preservada

O índio no seu habitat

O menino sem maldade

O professor valorizado

A nação comandada

Pela força do trabalhador

Todos igualitários

Do lixeiro ao doutor

Ai sim meu irmão

Só vai ter uma só cor

A cor da igualdade

Sem sofrimento nem dor

Sem mentira ou maldade

Só progresso e verdade

Saúde, paz e amor.

MESMA COR

FRED COELHO 2019

Fred Coelho
Enviado por Fred Coelho em 26/05/2019
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