Cordel a ilha das flores

Me lembro com angústia

De um assunto tão sério

A fome da humanidade

Em um curta-metragem

“Ilha das flores” é antigo

Mas expressa com clareza

A falta que pra alguns faz

O alimento na mesa

Vendo aquelas cenas

Busquei a inspiração

Percebendo a desigualdade

Me veio à decepção

O percurso de um tomate

Tornou-se a conclusão

Que porcos são mais importante

Do que os nossos irmãos

Não para por aí

Jorge Furtado o roteirista

Expressou no curta-metragem

O sistema capitalista

13 minutos de obra prima

Abordando a desigualdade

A carência alimentícia

E a falta de igualdade

Porcos são privilegiados

Enquanto seres humanos

Aguardam esfomeados

Sem o pão e sem direitos

Na miséria

Correm contra o tempo

Com as mãos preparadas

Para pegar o alimento

Após 30 anos

A realidade ainda persiste

A fome em nosso país

Infelizmente existe

Mas quem tem pão na mesa

Talvez nem se importe

Come, mastiga e arrota

Na cara dos pobres

Não falo só de governo

Há as pessoas ignorantes

Que não repartem o pão

Mesmo sendo abundante

E o ciclo segue injusto

Ao lado da pobreza

Enquanto uns desperdiçam

Outros não tem comida na mesa

Vou findando meu cordel

Com minha percepção

Agradeço a cultura

Por me trazer a compreensão

Vejo a fome ainda injusta

Deste lado da nação

Mas percebo por aqui

Muitas pessoas de coração

Que repartem não só a arte

Como no curta-metragem

Mas o pão e a bondade

E também a verdade

Pessoas do bem

Com a fome que se tem:

Que é a fome de ajudar ao próximo

Sem olhar a quem.

Rafaela Romero
Enviado por Rafaela Romero em 02/08/2019
Código do texto: T6710663
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