Reencontro de Bolsonaro e Lampião

Parte 2

Venho aqui narrar

A continuação

Da história do encontro

De Bolsonaro e lampião.

Pois o cangaceiro benzido

Com seu peito ferido

Levantou daquele chão.

Eu não invento boato,

Ou história fictícia,

Já vi morto levantar

E ter de volta a vida

Assim foi o cangaceiro

Que naquele pesadelo

Retornou pra sua lida.

Depois daquele encontro,

Que em morte terminou,

Bolsonaro voltou pra casa

E por lá mesmo ficou.

E o grupo de Virgulino

Seguindo seu destino

A paz não decretou.

Levaram o cangaceiro

E de lá houve o mistério

Lampião não foi pro céu,

Nem desceu para o inferno.

Não foi preciso enterro,

E pra concluir o medo:

Nem corpo no cemitério.

Aquele tiro certeiro,

De repente se fechou.

Não ficou marca alguma

E a vida retornou.

Levantou encabulado

Pensando endiabrado

Procurando quem o matou.

Lampião, se perguntava:

-Porque ele me venceu?

Ele não é cangaceiro,

É de fato um traiçoeiro

Que já foi um militar.

Mas quem ele pensa que é

Para tentar me matar?

Pode deixar tudo em paz

Que eu mesmo vou resolver.

Sou o rei do cangaço

E nada venho a temer.

Já fui morto e levantei

Padim ciço eu encontrei

E de ninguém eu vou corrê

Virgulino olhou pro céu,

Em meio a dor que sentia

Dizendo padim ciço

Me proteja nesse dia.

Só peço tua proteção

Pois sendo lampião

Tenho fé e rebeldia.

Olhou Maria bonita,

Numa cama a lamentar

Com cuidados e muita força

Ela voltou a respirar.

E pedia: não faça vingança

Pois a nossa aliança

Eles vão tentar quebrar.

O cangaceiro teimoso

Lhe deu um beijo e saiu

Com sua corrente no pescoço

Representando seu padrinho.

Fazendo o sinal da cruz

Pediu forças a Jesus

E dali ele saiu.

Percorreu muito caminho,

Até no congresso chegar

Viu tanto armamento

Que parou para pensar

Será que um presidente

Seria tão competente

Pra o Brasil comandar?

Ficou ali um tempo

E alguém lhe avistou

Ouviu gritos em todo canto

Diziam: o morto resucistou

Avisem ao presidente

Que furiosamente

Lampião aqui retornou.

Enquanto caminhava

Entrando naquele salão

O povo se afastava

Pensando esse é o cão

Que saiu do inferno

Trazendo força e mistério

Para essa grande nação.

Mas como já esperava

O impediram de entrar;

E disseram que não podia

Falar em particular

Com presidente da República

Que na sua conduta

Não tinha o que conversar.

Virgulino calmamente

Não queria confusão,

Tirou o seu armamento

Colocou tudo no chão.

E mandando seu recado:

-Digam logo a Bolsonaro

Que quem fala é lampião.

O presidente perguntando

Como pode reviver

Aquele sujeito imprestável

Que eu mesmo vi morrer?

Mande aqui ele entrar

E se guerra desejar,

Se prepare pra corre.

A passagem foi liberada

E lampião ali subiu,

Foi direto para sala

Do Planalto do Brasil

Bolsonaro assustado,

Com o cabra ali sentado

Começou a suar frio.

O cangaceiro afamado

Continuava em silêncio,

Até que o presidente

Em meio aquele tormento

Perguntou o que queria

Pois aquela agonia

Ninguém tava merecendo

Lampião então sentado,

Foi logo dizendo o motivo

Por voltar naquele planalto

Onde não era bem vindo

Depois de um tiro certeiro

O cangaceiro verdadeiro

Voltou pra dizer sorrindo...

Presidente Bolsonaro

Eu vim aqui lhe perguntar:

Se a ti devo respeito

Por tentar a mim matar?

Mas a tua pouca coragem

Em meio essa malandragem

Nem pode me assustar.

-Já vi de tudo na vida,

E de tudo já provei,

Já vi cabra me matar

E de tiro levantei.

E agora frente à frente

Eu vejo teu sangue quente

E teu medo comprovei.

Andei tanto até aqui,

Por um convite que me fez,

Sai de Serra talhada,

O bem e o mal eu encontrei.

Até ver o presidente

"Bolsonaro tão diferente"

Dos planos que planejei.

Olhe Lampião querido,

Eu conheço a tua história

Venha aqui beber comigo

Venha logo sem demora

Agora vejo teu sentimento

Me desculpe nesse momento

Pela guerra daquela hora.

Agora percebo a ganância,

O medo e a falsidade

Que ronda sobre o Planalto

E as tais honestidades.

Preferia estar morto

Do que ver este desgosto

No mundo sem a verdade.

Bolsonaro muita coisa

Eu preciso lhe dizer

Mas aqui vou resumir

E se você não entender

Prefiro sair daqui

Do que ter de discutir

Já sabendo que vou vencer.

Todos costumam julgar,

O meu bando cangaceiro

Só porque a gente rouba

Tudo quanto é dinheiro.

Mas com a minha atitude

Sou o famoso: Robin Hood

Do sertão meu estrangeiro.

Ao tentar te aconselhar,

Você veio com cobrança

Me fazendo recordar

Do meu tempo de criança.

Onde vi meus pais a falescer

Me deixando a interceder

Nesse mundo minha vingança.

Tu estás perdoado

Mas precisava retornar

À este lugar sombrio

Para um conselho te dar.

Ouça com muita atenção

Pois esse grande mundão

É quem vai te ensinar.

Sei que o senhor presidente,

Deve ser bem respeitado.

Mas diga-me agora

Qual foi o resultado?

Da melhora do Brasil,

Que passa fome e frio

Com tantos necessitados?

Se eu retornei aqui

Foi pra vim lhe avisar

Que esse Brasil tão grande

Merece um melhor lugar.

Acabe com a desigualdade

Antes que nessa cidade,

O cangaço volte a comandar.

E foi dia 4 de junho que

Minha mãe teve um menino

E assim me batizaram

Com nome de virgulino.

O grande rei do cangaço,

Que com a força do braço

Chamaram de assassino.

Mas nunca ninguém me viu,

Deixar pobre morrer de fome,

Sempre honrei a minha tropa

Valorizando meu nome.

E o senhor presidente

Faça o mundo diferente

Honre o seu sobrenome.

Olha aqui seu lampião

Não pense que me comove

Com a sua infância triste,

Ou com a sua má sorte.

Vou fazer o que eu quiser

Pois aqui estou de pé

E o Brasil é o meu forte.

O senhor tem coragem,

Para me desafiar?

Já me atirou uma vez

Quer de novo tentar?

Para assim honrar seu nome

Que diz ser super homem

Que veio o Brasil salvar?

Virgulino eu te confesso,

Que por um simples instante,

Eu parei para pensar

E vi que é o bastante

Ser um melhor presidente,

Olhando sempre pra frente

Com mudanças importantes.

Espero que tenha sabedoria

E total compreensão.

E jamais tente lutar

Com o imortal lampião.

Aqui deixo minha história

Sigo minha sina agora

Pro cangaço do sertão.

Depois dessa conversa

Bolsonaro percebeu

Que a famosa terra amada

Merece cuidados seus.

E que esse imenso Brasil

Gritara entre outras mil

Lampião prevaleceu.

Aqui vou encerrando,

Esse mote bem bonito

Que contou esse reencontro

De Bolsonaro e virgulino.

Vou agora contar a moral

De igual para igual

Do famoso nordestino.

A moral dessa história

Que tem grande solução

É mostrar pro governo

Que comanda essa nação

O reencontro de atitude

Com o famoso Robin Hood

O Eterno lampião.

Josiane cordelista
Enviado por Josiane cordelista em 29/10/2019
Código do texto: T6782586
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