Firmine-se

Firmine-se

Como não se encantar

Com a escrita dessa mulher,

Do romance ao poema

Versatilidade pra escrever o que quiser.

Com o romance Úrsula

Fez sua estreia na literatura,

Com ousadia, coragem e valentia

Revelou o cenário cruel da escravatura.

Ao escrever o conto a escrava

Aos excluídos deu voz e projeção,

Publicado em 1887

Foi prenúncio da abolição.

Em verso e prosa

Fez-se conhecer,

Num cenário desfavorável

Escreveu para sobreviver.

Da historiografia literária foi esquecida

No cânone, não contemplada,

Após quase um século adormecida

Teve sua história resgatada.

Quem será a célebre esquecida

Que nesses versos venho a enaltecer,

D. Maria Firmina dos Reis

Sua escrita ninguém irá esquecer.

Falar em Maria Firmina

É pensar em luta e resistência,

Seu legado literário

Está entre nós em sua essência.

Nesse 11 de novembro

Temos muito a celebrar,

Maria Firmina dos Reis

Sua escrita viva está.

Certa vez Firmina escrevera

“A mente, essa ninguém pode escravizar”,

Hoje, 102 anos de sua morte

Queremos sua literatura eternizar.

Viva Firmina!

Cícero Barros Filho
Enviado por Cícero Barros Filho em 07/11/2019
Reeditado em 06/05/2020
Código do texto: T6789713
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