O MARIBONDO DIA

O MARIBONDO DIA

Nós animal falamos canibal

No tranquilizal falamos muito mal

Sou corderista falando do centro da minha vida, enfrentando cabo de enxada

Roçando a minha esquina

De cabelo caracolado tornando uma sopa

Cortando com uma foice

Os dias sertanejos goiano

Tenho a caricatura de espanto

O mosquito sonido na minha esperança

Barbeando a mascara da minha ignorância

Fazendo com a ponta do lápis um desenho estranho

O colorido só a minha cueca de façanha

Fazendo os passos lerdos a roupa de terno

O botão entrando no buraco da confusão

Mencionando a bandeira da pátria não tem ouro não

Rolimã descendo a rua

Festa de água combina com a bala

Tem rosto desfigurado corre com as asas passarinho

Se escondemos a imagem, à droga na praça!

O cachorro lati e mamãe bate

Não aprendi molestar homem

Tempera selvageria,

Esquina tem pinga, Bonifácio apaga o fogo na barragem

Sou andarilho da margem rio meia ponte

o peixe pulou na minha entranha, mudou a historia

conheci a morte viva de olho aberto comi na panela preta

frenética frigideira

no sujo moribundo dia

caguei na folha aberta

sem compreensão tudo acabado

encabei encachazado

tropecei um dia inteiro

dormir acordando ferrado pelo maribondo.

Marcos Marrom

marcos marrom
Enviado por marcos marrom em 04/10/2007
Código do texto: T680070