Um neném no isgôtu - Qui mardade, meu povo!

O Sor nasce bem crarinho

Pro pobre e tomém pro rico

E ilumeia a Terra

E azula o infinito

Os passarim intão cantam

A tristeza elis espantam

E tudo fica bunito!

Mas o Sor sempre ilumeia

Todo bem e a mardade

Lá de cima ele crareia

Na Terra a cruerdade

Ele crareia a pessoa

Seja mardita ou boa

Logo aparece a verdade!

Aquela muié mardosa

Qui gerô a criancinha

I jogô pela jinela

No isgôtu sem piedade

Tem é qui ficá fechada

Atráis das grade mofada

Prá pagá sua mardade!

Num cumpriendo meu mano

Comu isso acuntece

Isso não é ser humano

Essa muié é uma peste

Iscória da humanidade

É o capeta qui se veste

Prá mostrá a cruerdade!

O anjinho morreu enfim

Veiu a nota no jurnal

Deus buscou o nenezim

Tirou do meio do mal

Levou pro seio da glória

Ficou essa negra história

Pra humanidade, afinal!

Thales de Athayde
Enviado por Thales de Athayde em 05/10/2007
Código do texto: T681565
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