O PREÇO E O VALOR FINAL DE UM VOTO

Não há nada mais deprimente

Do que período de eleição,

Ver candidatos sorridentes

Vindo pegar em nossas mãos.

Logo logo estarão aparecendo,

Comprando votos, prometendo,

Trazendo a todos uma ilusão.

Alguns “pretensos” vereadores

Não medem nenhum esforço,

Enxergam a campanha no papo -

Dentro do seu próprio bolso.

Uma atitude um tanto suspeita

De alguém que se aproveita

De quem só vive no sufoco.

E nem poderia ser diferente

Vendo as coisas como estão,

Nada muda simplesmente

Repetindo-se a cada eleição.

Gente querendo se “arranjar”

Se dar bem e se aproveitar

À custa de toda população.

Isso é uma questão cultural

Muito difícil de ser mudada,

Pois onde não entra o “Real”

As coisas ficam complicadas.

Exceção na política somente

De uma minoria consciente,

Que ainda crê numa virada.

Por isso, antes das eleições

Vamos iniciar uma campanha,

Conversando com os eleitores

Que obtêm qualquer barganha.

Nunca dizer pra não aceitarem,

Mas apenas para não votarem

Em autores de artimanhas.

Há muito eleitor que se “vende”,

A necessidade nos faz perceber.

Mas no fundo ele só pretende

Unir a fome e a vontade de comer.

Vende o voto a um, a dois, a cem,

Acaba votando em outro alguém;

É o que todos deveriam fazer!!

Se tá ruim pra todo mundo

Imaginem pros brasileiros

Que estão desempregados

E em profundo desespero.

Então, não há como julgar

Se algum eleitor vir aceitar

Quem lhe ofereça dinheiro.

A ideia é que todo eleitor

Jamais se sinta comprado,

Diante de sua necessidade

Aceite sim, e diga obrigado.

Porém, no dia da eleição

Não se veja na obrigação

De votar porque foi pago.

Guardem suas consciências

Pro que realmente merece.

O candidato que lhe compra

Depois de eleito, lhe esquece.

Não vai trabalhar pela cidade

Nem fazer qualquer caridade;

Só depois de 4 anos, aparece.

Quando o pobre fica doente

E procura por um hospital,

É tratado como indigente -

Um atendimento sempre igual.

Nessas horas deveria lembrar

Quanto “recebeu” para votar

Naquele seu fulano de tal.

Portanto, peguem o dinheiro,

Enfraqueçam esses candidatos,

Votando em quem tem ideias

E projetos acessíveis, de fato.

Não se enganem com favores

É atribuição dos vereadores

Fazer por merecer o mandato.

Bote uma coisa na sua cabeça:

Por dinheiro, todos correm atrás!

Aceite a grana, mas não esqueça;

Na urna é você e ninguém mais.

Pulso firme, não perca a calma,

Ninguém vai comprar sua alma

Por cinquenta ou cem Reais.

por Paulo Seixas