ZÉ TATÁ, O CABRA QUE DEFECOU EM PÉ

Zé Tatá era um cabra

Conhecido valentão,

Ameaçava o mundo,

Só queria ser o cão,

Dizendo ser de Angico,

Onde morreu lampião.

Outro dia Zé Tatá

Começava ameaçar,

O chamado Galo Cego

Nome muito popular,

Temido pelas pessoas

Quando o via a vagar.

Mas isso aconteceu

Numa festa popular,

Em honra ao Padre Cícero

Quando estava a olhar,

As benzedeiras rezando

Pra o leilão começar.

Zé Tatá todo empolgado

Bota o som pra gemer,

Numa altura danada

De todos aborrecer,

Atrapalhando a reza,

O povo todo ofender.

Vendo esse episódio

E toda a festa parar,

Galo Cego se atreve

O som mandar desligar,

Mas Zé Tatá atrevido

Manda logo se lascar.

Galo Cego o pergunta:

- Por qual motivo levou

A bagunçar nesta festa?

O cabra se revoltou,

Diante do episódio

A discussão começou.

Pois Galo Cego começa

De Zé Tatá resistir,

Pra evitar o pior,

O povo todo atingir,

Mas o cabra insistente

Já não estar nem aí.

Com um cigarro na mão

O Galo Cego gritou:

-É desaforo demais!

Logo se revoltou.

Temendo ver o pior,

O povo se assustou.

Um tremendo alvoroço

Naquela hora se deu,

Um corre, corre danado,

Teve até quem tremeu,

Por causa da discussão

Que muito prevaleceu.

Galo cego nervoso

Começa logo a falar:

-Eu vou pegar esse cabra

Pela festa acabar,

Atrevimento danado

Que me mandou se lascar.

Depois disso as pessoas

De medo se escondeu,

A festa ficou vazia,

Foi o que aconteceu,

Por causa de Zé Tatá

Nas horas que sucedeu.

Mas Galo cego se arma

Pra Zé Tatá devorar,

E Zé Tatá se prepara

Pra Galo Cego enfrentar,

Algo novo acontece

Que faz Tatá se cagar.

O Galo Cego observa

Algo em Tatá chegar,

Fala logo: -oh seu cabra,

Não saia desse lugar.

Mas Zé Tatá é teimoso

Começa logo andar.

Mas de repente um ronco

Faz Zé Tatá se tremer,

Galo Cego insistente:

-Eu já falei pode crer.

Agora se cuide, cabra!

Se ainda quiser viver.

Zé Tatá se acovarda

Sem querer acreditar,

Pensava ser um cachorro

Ao lado dele estar,

De repente a surpresa

Faz Zé Tatá confiar.

Olhando logo de lado,

O Zé Tatá avistou

A grande onça pintada,

Um novo ronco causou

A tremedeira danada

Que Zé Tatá se cagou.

Já existiam boatos

Da grande onça roncar,

Alguns falavam ter visto,

Outros não acreditar,

Pra completar a bagunça

Em Zé Tatá foi chegar.

Vendo o seu aperreio

O Galo Cego falou:

-Pare com isso, o cabra,

O fedor já levantou,

Não sei como essa onça

Ainda não te devorou.

Alguns minutos passados

Após a onça roncar,

Galo Cego dar um tiro

Pra danada assustar,

Correndo logo pra mata

Pra Zé Tatá não pegar.

Depois disso as pessoas

Começaram a chegar,

Aproximando da festa

Ao Zé Tatá ir olhar,

E ver o cabra valente

Todo cagado estar.

Com esse acontecido

Zé Tatá se afrouxou,

Desligando o seu som

De rabo preso ficou,

Uma tremenda vergonha

Porque de medo cagou.

O Galo Cego só ria

De Zé Tatá afrouxar,

Querendo sair da festa

Para ninguém mais notar,

A fedentina danada

Que sua calça estar.

De todo jeito o povo

A fedentina sentiu,

O Zé Tatá com vergonha

Ao carro se dirigiu,

Acelerando o veículo

Da festa logo partiu.

Depois ninguém mais ouviu

De Zé Tatá se falar,

Deu um sumiço danado,

Foi em angico morar,

A sua terra natal

Da qual vivia a gabar.

TonyPessoa
Enviado por TonyPessoa em 19/02/2020
Reeditado em 19/02/2020
Código do texto: T6869506
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