SOBRE A CAMA DA BALEIA-LENDA
No silêncio da noite
Começo a escrever,
Lembrando de alguns fatos
Um deles vou descrever
Um caso bem curioso,
Faça a leitura pra ver.
Esta é uma história
Que muito tem a contar,
Sobre o templo de Deus
Que muito perto estar,
Há poucos metros do centro,
Querendo vá visitar.
Assegure-se agora
Se você nunca ouviu,
Da importância que tem,
Por isso sempre existiu,
Amedrontando Palmeira,
Assim o povo se viu.
Desde criança escuto
Sempre alguém me falar,
Do cochilo da baleia
Sob a igreja estar,
Se de repente acorda
Palmeira vai inundar.
Quando criança sentia
O medo só de pensar,
Logo morrer afogado
Se Palmeira inundar.
Cresci ouvindo a história,
Sem mesmo concretizar.
Mas há quem fala que hoje
Teme muito em pensar,
Se no momento da missa
A baleia acordar,
Já não dê tempo pra nada,
E Palmeira inundar.
Em pleno mês de dezembro,
Durante o festejar,
Na festa da padroeira
Pessoas ficam a orar,
Para que todos os santos
Não há deixe acordar.
Um leve tremor de terra
Palmeira já atingiu,
Um dizem: foi à baleia,
Mas outro já desmentiu.
Quem assemelha a baleia
Fala: -ela se "boliu".
Há quem diga que o canto
Dos fieis ao adorar,
Durante todas as missas
Tão breve vai acordar
A baleia adormecida,
E Palmeira inundar.
Mas se no ano vindouro
O fato acontecer,
Já pensava os fieis
Sem mesmo isso entender.
Se verdade ou mentira,
Fez muita gente tremer.
Em toda casa que chego
Ouso alguém a falar:
-Ter ouvido a história,
Prefere não comentar,
Temendo ver o pior,
Se Palmeira inundar.
Sempre que a chuva forte
Começa logo cair,
Há quem fala: -a baleia
Já começa a sair,
Inundando a cidade
A todos nós engolir.
Em sete anos de seca
Muito levou a pensar,
Que a baleia agora
Jamais irá acordar,
Devido à estiagem
Que fez cacimba secar.
Há tempo que da baleia
Muito se houve falar,
Cresci ouvindo história,
Talvez não vá alcançar,
Mas temo ver o pior
Se a baleia acordar.
Que a Virgem do Amparo
Venha a nos proteger,
Não deixe que da baleia
A história acontecer,
Deixando ela dormindo,
Pra sempre permanecer.
CURIOSIDADE:
Antigamente usava-se óleo de baleia juntamente com a massa para erguer as construções, pois diziam que o óleo deixava a massa bem ligada. Entre os anos de 1962 a 1969, período de construção da Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo, em Palmeira dos Índios, foi usado muito óleo de baleia, resultando na lenda que até hoje é passada de geração a geração.
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