Cordel: Carta ao Corona
 
Seu corona, vim lhe dizer
Se dê logo por satisfeito
Vá sim bora desse mundo
Já causou muito desfeito
Nós humanos temos erros
Mas celebrar nosso enterro
Você não tem esse direito
 
Não sabemos de onde veio
Nem o tamanho do seu poder
Sabemos que é frio e profano
Mas nós vamos te combater
Enquanto ainda for possível
Unidos seremos invencível
Até o dia da agente morrer
 
A cada jornal que eu assisto
Percebo semblante assustador
De quem tá fazendo o jornal
E cada um dos telespectador
A tristeza tenta nos dominar
Mas nós vamos te apresentar
Nosso poderoso Deus salvador
 
Seu corona a sua existência
Neste mundo é questionada
Se nasceu da própria natureza
Ou de uma experiencia errada
Você é fato; mas vá se embora
Antes que chegue a sua hora
De nós te dá uma vacinada 
 
O nosso Deus que apresento
É um Deus de poder bendito
Que ao homem dá sabedoria
À luz do seu saber; infinito
Coroando o mundo de bondade
Dando ao homem serenidade
Para destruir você; maldito
 
E para fechar esse desabafo
Seu corona; pare a matança
O mundo vai se quebrar
Se continuar essa gastança
Você vá para as profundezas
Deus nos devolva a beleza
Dê ao mundo mais esperança