Bicho-tecnologia
Eu briguei com meu teclado,
Pois que tanto merecia,
Me fazia tudo errado
Fosse de noite ou de dia.
Meu sujeito e predicado,
Eu juntava, ele partia.
Até no recurso falado,
A minha voz não ouvia.
E o corretor ortográfico
Sempre zombando dizia:
O teu erudito esperado
É só balde de água fria.
Eu fiquei indignado.
Vai-te tecnologia!
E num ato endiabrado
Acabei com meu teclado.
Dia seguinte estaria
Meu nome matriculado
No curso famigerado,
Que era a datilografia.