ARTHUR RAMOS - ALAGOAS MEMÓRIA CULTURAL: COLEÇÃO GRANDES NOMES DO CENÁRIO ALAGOANO
Com menos de trinta anos
Arthur Ramos escrevia
No jornal de alagoas
O que muito ele queria,
Do Pilar a Maceió,
Já em um ritmo que só
Alagoas o conhecia.
A cultura alagoana
Ele assim divulgava,
A cidade que nasceu
Ele muito contemplava,
Mas ele não fica ali,
Então resolve partir,
Outro rumo já tomava.
Pseudônimos literários
Já usava com frequência,
Como João do Pilar,
E outro de referência,
Descendente de capitão
Este jovem cidadão
Herdava grande decência.
Preservador da memória
Sócio e também cultural,
Arthur Ramos também herda
Este dom excepcional,
Que fez de sua família
Com grande sabedoria
Ser de intelectual.
No arquivo alagoano
De tudo pode encontrar,
Desde seus grandes costumes,
Alguns hoje a preservar,
Graças a sua família
Que também com ousadia
Os fatos quis registrar.
Arthur Ramos escrevia
Com grande facilidade,
A partir dos quinze anos
Não era por vaidade,
Mas por pura vocação
Do colégio São João
Pra toda sociedade.
É conhecido no Brasil
E a nível mundial,
Seus artigos eram escritos
Como tal não tem igual,
Apresentando a cultura
Pra sociedade futura
De todo colegial.
De Alagoas a Bahia
Começa a interagir,
Representando estudante
Com muita garra a sentir,
Que a sua vocação
E sua dedicação
Faz seus estudos florir.
Para o Rio de Janeiro
Foi outro Rumo a tomar,
Famoso homem das letras
Faz Arthur Ramos brilhar,
Retorna a Maceió
Com a bagagem que só
O fez prestígio ganhar.
Médico alagoano
Muito fez na profissão,
Fazendo de seu trabalho
A importante missão,
De seus doentes cuidar
Sem os diferenciar
De raça, cor e função.
O importante trabalho
Que ele realizou,
Foi referência para artistas
Que também se consagrou,
Como José Lins do Rego,
Um homem que sem apego
Na arte se destacou.
De Maceió, Arthur Ramos,
Novamente já partia,
Para o Rio de janeiro
No seu destino seguia,
Escrevendo e publicando,
Mais prestigio ganhando
Com tudo que escrevia.
Antropólogo famoso
Também se consagrava,
Com “O Negro Brasileiro”,
Livro que publicava,
Era o intelectual
Que ao corpo editorial
Logo já se integrava.
Outros livros publicados,
Posso assim já dizer,
Foi traduzido no México,
Argentina pode crer,
Além de outros países,
Que mesmo em tempos de crises
A ação pode conter.
Sua fama espalhava
No mundo intelectual,
Também na vida política
Ou médico profissional,
E como ante-racistas,
Nas posições pacivistas
Buscando a paz mundial.
Mas a saúde e problemas
Começaram afetar,
Pois o Brasil na política
Só vinha a piorar,
Mas ele não desistia,
Projeto desenvolvia
Pra cultura propagar.
Quando em Paris residia
Ele pode conhecer
A professora Marina
Podendo a ela dizer:
-Que a pressão que sentia,
Ao Brasil retornaria,
Mais tarde vindo a morrer.
A sua morte abala
O meio intelectual,
Pois, Arthur Ramos subia
Ao andar celestial,
Mas sua obra ficara,
Projetos que já deixara
Tornando ele imortal.
Por conhecer seu trabalho
Muito já me fez pensar,
Que, como ele e outros
De muito tem a falar,
De Alagoas ao mundo,
Mas em questão de segundo
Fez todo o Brasil chorar.
Mesmo assim a história
Que cada um nos deixou,
Hoje está na memória
De todos que aqui ficou,
Assim como eu e você,
Que agora aqui lê
Também já se informou.
Muito obrigado a todos
Razão de meu escrever,
Resgatando a memória
Pra todos já conhecer
Grandes intelectuais,
Que agora e jamais
Podemos desconhecer.