CORDELZINHO DA SAUDADE

Das noitinhas na fazenda

Ali não tinha energia

Nem se conhecia a tal da tecnologia

Assim que a lua surgia

Aflorava a nossa alegria...

Lá pelas cinco horas

Chegava logo a meninada

Para ouvir as belas histórias

Não tinha príncipe e nem fada

Nem princesa encantada...

Tinha mula sem cabeça

Bichos que até fogo soltavam

Era aquele aflição

De medo se agarravam

Mas pediam para continuar

No fundo todos gostavam.

Mesmo tremendo de medo

Ao falar do lobisomem

Quando o velho dizia

Que até criança ele come

Mas só em noite de lua cheia

O resto ele era um homem.

Era só nas sextas-feiras

Que o bicho se aflorava

De criancinha a filhote de animal

Tudo que encontrava ele pegava

Essa fera amedrontada

Era do sangue que se alimentava...

Todos queriam falar era aquela aflição

A noite dormiam sonhando

Na manhã seguinte tudo se esquecia

O dia passava se arrastando

Contavam as horas para começar

A tardinha todos iam chegando.

Hoje criança não ouve histórias

Fica apenas a lembrança

Que bom se pudesse resgatar

Aquele tempo de criança

Onde tudo era magia

Não se perdia a esperança.

autoria- Irá Rodrigues

http://iraazevedo.blogspot.com.br/

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 18/09/2020
Código do texto: T7066071
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