" VIDA DIFICIL A DO POBRE ".

A vida ficou tão difícil,

Com a vinda da pandemia,

Há muitos desempregado,

Provando amarga fatia,

Enquanto a classe abastada,

Do infortúnio dá risadas,

Vivendo das mordomias.

Vemos a nossa Amazônia,

Pouco a pouco destruída,

Acabam-se as florestas,

A grande fonte de vidas,

Servido a classe abastada,

Vão se passando a boiada,

Numa esperança perdida.

O pobre não entra mais,

Sem choro ao supermercado,

Até pra comprar o básico,

Os preços estão dobrados,

Só dá pra comprar o osso,

Das frutas só os caroços,

É o seu melhor bocado.

As farmácias populares,

Estão sendo extinguidas,

Aonde a classe mais pobre,

Tinha curada as feridas,

Com o pouco que ganhava,

Assim se aremediava,

Sempre a lutar pela vida.

A saúde virou caos,

Com o SUS sucateado,

Foi-se os médicos cubanos,

Que tanto deu resultado,

Ficando o pobre a mercê,

De seja o que Deus quiser,

Num país todo lascado.

Hoje o leite virou ouro,

Custando os olhos da cara,

Ter esse item pra o pobre,

Virou mesmo coisa rara,

Com crianças desnutridas,

A mercê da própria vida,

Como chaga que não sara.

A carne nas prateleiras,

Tornou-se a grande intriga,

De quem não pode comprar,

Só pra enganar a barriga,

O jeito é fazer manobra,

Comer sopa e gororoba,

E alimentar as lombrigas.

Vendo a panela vazia,

Passa o pobre aflição,

As vezes nem tem farinha,

Pra se fazer um pirão,

Nessa vida maledita,

Degustar costela ripa,

É banquete de patrão.

Parece chegar o tempo,

Que o filé Mion é osso,

E a picanha do pobre,

Que antes era colosso,

A boa carne de primeira,

Parece até brincadeira,

Virou carne de pescoço.

Tomar chibé de açúcar,

É de muitos o alimento,

Um punhado de farinha,

Considera-se alimento,

A coisa está apertada,

O queijo com goiabada,

Virou pedaço de vento.

Enquanto o rico se esbalda,

O pobre vive um dilema,

Ter pra matar sua fome,

Tem sido o grande problema,

Come ovo com farinha,

Vivendo sorte mesquinha,

Por fora do grande esquema.

Para o pobre tá difícil,

Ter até frutas na mesa,

Com sua renda minguada,

Sofre aperto com certeza,

Come um dia outro não,

Sem carne só ovo e pão,

Tem vida de realeza.

Com essa crise epidêmica,

A pobreza aumentou,

Quem já vivia apetado,

Jamais por isso esperou,

Sem ter pra onde correr,

Faz de tudo só pra ter,

O básico do básico senhor.

Antes o salario mínimo,

Dava pra viver apertado,

Mas o aumento de preços,

Vê-se em cada mercado,

Carestia que da medo,

Do alimento ao brinquedo,

Tudo tem preço dobrado.

Essa é a brava vida,

Do fraco na sociedade,

Que vive com baixa renda,

A sofrer barbaridade,

Pra manter o seu sustento,

Trabalha feito jumento,

Sem direitos na verdade.

Assim a classe mais pobre,

Vivem nas periferias,

Milhares de subempregos,

Trabalham de boias frias,

Assim a mãe e os pais,

Vão passando tristes ais,

Pra sustentar a família.

Até suas moradias,

São em lugar proibido,

Nem parecem cidadãos,

Com seus direitos banidos,

Monte de filhos sem pai,

Se tornando marginais,

Pelo sistema excluídos.

Enquanto isso os políticos,

Vivem nadando em dinheiro,

Vão por debaixo dos panos,

Recrutando companheiros,

Comendo sempre o melhor,

Deixando sempre o pior,

Para o pobre ser herdeiro.

Não sei onde vai parar,

Essa enorme diferença,

Entre a tal de classe nobre,

E dos pobres em falência,

Que fazem de forma incrível,

Ser cidadão invisível,

A viver por aparência.

Cbpoesias.

07/11/2020.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 07/01/2021
Reeditado em 08/01/2021
Código do texto: T7154532
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