FOLCLORE BRASILEIRO

Eu vou dar início agora

Sem muita pretensão

Comentando quase tudo

Desta nobre Tradição

Folclore Nacional

Advindo do Ocidental

Pra falar duma visão.

Folclore nesta Nação

Rico de muita História

Transformando oralidade

E tão vivo na Memória

Manifestações da terra

Que, porém, nunca se encerra

Colhe somente Vitória.

A manchete escapatória

Do povo civilizado

O inglês deu aquele seu livro

Pra depois ser contemplado

Tanto saber popular

Algo a selecionar

Muito a ser estudado.

Quando se fala em Passado

Tem muito personagem

Animal encantador

Porém, muita visagem

O Folclore Brasileiro

Falando de forasteiro

No caderno duma imagem.

As crônicas de paisagem

No perfil Religião

Porque em todo canto ouvimos

O mito da Criação

Que nos conta descobertas

Nas linhas longas e abertas

Que causa Satisfação.

Fatos da Anunciação

Coberto de Encantamento

Nos Campos ou nas Cidades

Ou, seja em qualquer momento

Valorosa Erudição

Mundo Civilização

Na dor e no sofrimento.

Nordestino em movimento

Me pegou foi pelos braços

Me fazendo estudioso

No fluir desses abraços

Viva esse povo que estuda

Que sempre daqui se muda

No estudo desses compassos.

São grandes os estilhaços

Que não tem explicação

Os fatos que são contados

De geração em geração

E ninguém sabe quem foi

Que falou de um bumba boi

Sem língua nesse Sertão.

Coisas que contam do Cão

Pois, talvez lá no futuro

Sejam todas do Folclore

Dentro de um baú escuro

O que se falava agora

Lá na frente se evapora

Num tempo bem mais seguro.

Pesquisando o que procuro

Da Cultura Popular

Nela se insere o Folclore

É tão amplo de se estudar

A Pesquisa é profunda

Pode até ser do Corcunda

Que é bom pra pesquisar.

O Brasil pode explorar

Nesse tópico empregado

Cada anedota que se ouve

É fato que foi marcado

Entre novos e entre antigo

Nessas teses do castigo

Muito mais que explicado.

Casa de malassombrado

São contadas hoje em dia

Mestre Monteiro Lobato

No sítio fez simpatia

Contou com tanta proeza

Narrativa de beleza

De viver com alegria.

Tinha tanta poesia

Naquele sítio do avô

Ouvia todas as noites

O Cordel de puro amor

Com muita trama linda

De temática bem vinda

Na leitura que ficou.

Curupira aqui passou

Junto de uma Fulosinha

Chamada Minha Comadre

Ao abrir duma noitinha

O povo fica com medo

Guarda muito segredo

Esta é nossa ladainha.

A Comadre Fulosinha

Tem o cabelo comprido

Dá tanta surra em cavalo

No banho dá um gemido

Na mata gosta de briga

Se não tem muita intriga

Depende do acontecido.

Um Conto bem merecido

Veja só que sucedeu

Negrinho do Pastoreio

Bem ali sobreviveu

Subiu a montanha adentro

Esbarrando lá no centro

Nunca mais apareceu.

Mula sem Cabeça deu

Pro Folclore Nordestino

Contada por tanta gente

Pelo velho e por menino

Todo assunto é Mistério

Entre a vida e o Cemitério

Pra traçar nosso Destino.

Me falou Pai Celestino

Faço questão de contar

De um bravo Cavalo Branco

Não sabia cavalgar

Catalogar o Folclore

Não há Sabido que decore

Um verso pra declamar.

Lobisomem foi pro mar

Lá na Europa ele se pauta

Tem primo por toda América

Foi até cidadão de Malta

O Bicho é tão peludo

Bem cabisbaixo e sisudo

Que anda, pula e também salta.

Moleque sempre peralta

No Bambu lá dentro mora

Seu Monteiro contou a Vida

No cavalo sem espora

Montado por um Saci

Que nunca sabe mentir

Correndo mundo à fora.

Cuca é uma Senhora

Só aparece na Ceia

Ela tem um parentesco

Com a famosa Sereia

Elas quando se encontram

Tantas coisas aprontam

E no povo tome peia.

Boi Tatá já tem pareia

Pra Primeira Comunhão

O Bicho escapuliu

E nem mostrou compaixão

Fugiu sem ser notado

Pra bem longe do roçado

Na maior devastação.

Papa Figo é Cristão

Que minha vó me contava

Anda com aquele saco

A Criança ele roubava

Eu ficava me tremendo

Mas, ali, quase morrendo

A agonia não cessava.

Uma estrela navegava

Vista na contemplação

Que passeava na noite

Em qualquer ocasião

Ela foi vista por mim

Na Ladeira do Capim

Noite de chuva e trovão.

Iara do Riachão

Querendo só se banhar

Deu meia volta primeiro

Começou logo a cantar

Iara é nossa Irmã

Adora comer Maçã

Logo depois sai a nadar.

A Caipora quer fumar

Pediu ao caçador

Pois, ele não lhe atendeu

Muita surra levou

Esse Folclore toda Hora

Por favor não vá embora

A Caipora já chegou.

Corpo seco se mandou

Quer fazer assombração

Ele era um homem malvado

Não tinha nem coração

Sempre fazia loucura

O povo tinha tontura

No Folclore Educação.

Monstro é enrolação

Do Folclore ele faz parte

No Brasil o Cabra treme

Esbarrando até em Marte

Viva o povo Nordestino

Nas pregações do destino

Magia de um Baluarte.

Nosso Romance é Arte

Nas diversas Tradições

Tanto faz neste Nordeste

Ou em qualquer dessas Regiões

Folclore tem sua vez

Ter nascido de um inglês

Explorando sensações.

Fulosinha das Missões

Tomando banho no Rio

Debaixo de uma Mangueira

A tarde logo caiu

Bem perto do pé de Manga

Depois ficou na Pitanga

Foi dando aquele assobio.

Seja quente ou no frio

O assobio está fresquinho

É quando ela está bem perto

Está distante o caminho

A Comadre Fulosinha

Essa ilustre amiga minha

Tão quieta em seu cantinho.

Vou findando este versinho

Neste simples argumento

Falando em poucas palavras

Meu Cordel ensinamento

Nos escritos ancestrais

Nas obras e nos rituais

Sobre qualquer movimento.

BENTO JUNIOR
Enviado por BENTO JUNIOR em 11/02/2021
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