O RASTRO DA PANDEMIA

Não teve festas e nem carnaval

Nada a gente viu de animação

O mundo parou assim de repente

O povo endoidou, ficou demente

Feriu a carne, parou o coração

Um vírus maldito e também mortal

Deixou trabalhador desempregado

Filho sem mãe, mulher sem marido

Escolas fechadas, idoso chorando

O povo lamentando e implorando

Prá Deus acalmar tamanho alarido

E conformar quem estava isolado

Já se passou mais de um ano

E essa mazela ainda atormentando

Acabando com a nossa economia

Conseguir recursos ninguém podia

Os preços no mercado aumentando

E todo mundo entrando pelo cano

O povo quer festa, quer cachaça

A covid-19, essa peste que se dane

Nada demais fazer aglomeração

Tem muito dinheiro nossa nação

Mesmo tendo sofrido essa pane

Que não respeitou credo ou raça

Sofreu toda a nossa humanidade

A desgraça no mundo se instalou

Acabou tudo o que era normal

O vírus feroz como um animal

Muitas famílias o triste torturou

Agiu com muita força e sagacidade

O planeta dele ficou como refém

Esse bichinho tamanho de nada

Aqui chegou provocando comoção

Causando a dor em toda a nação

Pregou uma peça armando cilada

E se você brincar ele vai mais além

Chegou a vacina quase de imediato

Apesar de muita especulação

Esperamos então a sonhada cura

O que todo mundo agora procura

É sair dessa miserável condição

Pois isso já está se tornando chato

Aquele cristão que está na sepultura

Por culpa desse evento sinistro

Talvez nem saiba o que aconteceu

Cumpriu o seu ciclo, nada entendeu

Na estatística ficou seu registro

Ele é mais uma vítima dessa tortura

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 18/02/2021
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