O RASTRO DA PANDEMIA
Não teve festas e nem carnaval
Nada a gente viu de animação
O mundo parou assim de repente
O povo endoidou, ficou demente
Feriu a carne, parou o coração
Um vírus maldito e também mortal
Deixou trabalhador desempregado
Filho sem mãe, mulher sem marido
Escolas fechadas, idoso chorando
O povo lamentando e implorando
Prá Deus acalmar tamanho alarido
E conformar quem estava isolado
Já se passou mais de um ano
E essa mazela ainda atormentando
Acabando com a nossa economia
Conseguir recursos ninguém podia
Os preços no mercado aumentando
E todo mundo entrando pelo cano
O povo quer festa, quer cachaça
A covid-19, essa peste que se dane
Nada demais fazer aglomeração
Tem muito dinheiro nossa nação
Mesmo tendo sofrido essa pane
Que não respeitou credo ou raça
Sofreu toda a nossa humanidade
A desgraça no mundo se instalou
Acabou tudo o que era normal
O vírus feroz como um animal
Muitas famílias o triste torturou
Agiu com muita força e sagacidade
O planeta dele ficou como refém
Esse bichinho tamanho de nada
Aqui chegou provocando comoção
Causando a dor em toda a nação
Pregou uma peça armando cilada
E se você brincar ele vai mais além
Chegou a vacina quase de imediato
Apesar de muita especulação
Esperamos então a sonhada cura
O que todo mundo agora procura
É sair dessa miserável condição
Pois isso já está se tornando chato
Aquele cristão que está na sepultura
Por culpa desse evento sinistro
Talvez nem saiba o que aconteceu
Cumpriu o seu ciclo, nada entendeu
Na estatística ficou seu registro
Ele é mais uma vítima dessa tortura