OS NEGACIONISTAS

Um gestor mal abestado

Metido na corrupção

Resolveu matar o povo

Falando só palavrão

Se for dito por aqui

Faz doer o coração.

Sofrendo nossa Nação

Que se tornou pequenina

Nestas mãos dos assassinos

Que tudo nos contamina

Em vez de fazer o certo

Querem nos dá cloroquina.

Boicotam nossa vacina

Falam à economia

Gestores desmantelados

Que transmitem agonia

Metidos em falcatruas

Na tremenda putaria.

Onde vai vã alegria?

Realmente é um fato

Bendito sã vazamento

Operação Lava Jato

Acabou completamente

Ajudado pelo rato.

Comandado pelo pato

Plantado lá na Paulista

Mentiras ditas pro povo

Rede Globo populista

Poder estadunidense

Da transformação fascista.

Doença mata nortista

Topo das conversações

Procuradores, juízes

Montaram operações

Inibindo só verdades

Todos em contradições.

A sobra das maldições

Direita se desespera

Para tirar esse monstro

Mas ele no mal impera

Sai construindo lorotas

Crer a pessoa sincera.

Assim na líder espera

Panelas nos edifícios

Povo bem arrependido

Fala desse malefício

O país desgovernado

Todos fazem sacrifício.

Estamos no meretrício

Neste tremendo puteiro

Morrendo sem piedade

Foge à luta, coveiro

Sem enxada pra cavar

Este vírus fez herdeiro.

Entrega carta, carteiro

Sem emprego numa beira

Vendem instituições

No país da roubalheira

As mães de famílias sofrem

Nesta pátria brasileira.

O poder só dá rasteira

Neste tempo tão sem graça

Pobreza toma sentido

Tantos pedintes na praça

Periférico local

Querem sair desta desgraça.

Existe tanta trapaça

Advindas deste comando

Sem termos a segurança

Paira somente desmando

O povo fica confuso

Já outros vão se cansando.

O continente falando

Destes negacionistas

Tudo sempre desprezam

Lucram os acionistas

Palácio do falso rei

Plano dos estrategistas.

Se dizendo populista

Distante da realeza

A população se perde

Entrou na grande tristeza

Grito tem inconformismo

É nossa maior riqueza.

Cresce tamanha pobreza

Nos seios de nossa gente

Pois, ninguém jamais aguenta

Este profundo demente

O governo no total

É boca faltando dente.

Trabalhadores nem sente

Vivendo de fazer bico

Choram todos estes dias

Sofrendo, pagando mico

Avança toda miséria

Atinge seu maior pico.

Notícia virou fuxico

Vindas destas mãos do bicho

Que não tendo que fazer

Vive cego por capricho

Desconhecendo ciência

Transforma país em lixo.

Um FORA no muro picho

Num repúdio faça nota

Capitalismo é farsa

Só o dinheiro suporta

Pois, ninguém tem mais sossego

Acabou-se toda cota.

Qual é o nome da rota?

Avião que ganha céu

Loucos que saem daqui

Máscaras em Israel

O Brasil virou piada

Que lamentoso plantel.

Com apoio do quartel

Não viu que é aipim

Falta na mesa comida

Usam balas em festim

E matam os inocentes

E não seu próprio cupim.

Sentam num grande jardim

A milícia sempre cobra

Tantas armas são compradas

Matança é o que dobra

Bandidos são liberados

Lá no poder grande sobra.

O meu cordel é manobra

Defesa da classe pobre

Que vende restos de fios

Acha bom ouro no cobre

Na pandemia, riqueza

Ficou muito mais nobre.

Faça corpo, não se dobre

Esteja sempre disposto

Sem balas na sua mão

Limpe lágrima do rosto

Lute pelo que é nosso

Faça brinde tira-gosto.

Melancolia, desgosto

Como na peste bubônica

Matéria de bom tamanho

Nos traçados duma crônica

Este choro não é olho

Ouvindo bela sinfônica.

Exportação bem canônica

Brasil vendeu sua lenha

Explorou tanta floresta

Que de sonhar ficou prenha

Explodindo seus desejos

Só foi preciso da senha.

Nossa Senhora da Penha

Livra de tanto cavalo

Nestas ruas do país

E de falar eu me calo

Censura voltou com força

Eu sempre jamais me calo.

E se for preciso falo

Abro sim, bom alambique

Bebo cachaça do tempo

Mesmo me faltando pique

Tendo comigo certeza

Que nos deram o trambique.

Nas mãos do fraco cacique

Sonha povo nordestino

Força na pele que é

Raça boa do felino

Educação perdeu força

Imposições de cretino.

Assim o nosso destino

Muitos deles renego

A ponta vive difícil

Vamos bater este prego

A luta do nosso povo

Indo às ruas sossego.

Aceitar isto sonego

Contra direita da tanga

O Gabeira foi pro mar

Hoje devoto se zanga

Vaqueiro fecha porteira

No burro lhe falta canga.

Debaixo do pé de manga

Escrevo maldita fábula

Vivida pelo sistema

Sob o comando do crápula

Deseja somente morte

É espécie desse drácula.

Raspando bem com espátula

Estragos desta batuta

Governos deixam o mundo

Girando feito biruta

Vida se vive no caos

No vício via fajuta.

BENTO JUNIOR
Enviado por BENTO JUNIOR em 09/03/2021
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