Cordel dos artistas

O Brasil é rico de natureza,

de tamanha beleza a fauna e a flora.

Mas não venho falar dessa opulência,

é da excelência do artista que aqui mora.

Quantos artistas vivem na rua?

De alma nua transbordam sua arte!

Nos sinais da vida cuspindo fogo

e como num jogo o ganho reparte.

Quantos músicos que tocam nos barzinhos?

Agora sozinhos em casa, buscam esperança.

Sem shows, sem público, não sabem o que fazer

e a cada amanhecer não perdem a confiança.

Dos artistas plásticos vejo a tela,

e com a vela que ilumina minha ignorância,

transformo naquela que me leva a outro mundo,

de um jeito profundo, O Grito, minha observância.

No teatro da vida, muita encenação,

pode uma reflexão ao findar o espetáculo.

Este país possui incontáveis atores,

que não recebem flores, enfim obstáculo!

Não podia faltar a dança e os dançarinos.

Ah! E os bailarinos? Quanta força e delicadeza...

Uso do corpo como instinto de dançar

e no pulsar, criança, primeiros movimentos: pureza!

No começo de tudo, a dança já existia,

era como fazia para com os deuses se comunicar.

É o que diz a rupestre pintura,

como na moldura em cavernas, a dança representar.

E hoje? Após anos de história,

me vem à memória os diversos feitios:

clássico, jazz, contemporâneo, dança cigana,

há a africana e com o tambor de crioula me arrepio!

O que peço para este cordel finalizar,

vamos valorizar todo artista deste país!

O fazer artístico vamos respeitando,

se possível, divulgando e ser feliz!

Diego Rasalas
Enviado por Diego Rasalas em 10/04/2021
Reeditado em 03/05/2021
Código do texto: T7228875
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