" ASSIM ESTÁ O BRASIL".

Neste Brasil está difícil,

Pra pobre ou rico viver,

Tem quadrilha de ladrões,

Até quem tá no poder,

Cada dia aumenta mais,

Esses filhos de satanás,

Pra aumentar nosso sofrer.

Começam pelas favelas,

Das importantes cidades,

Onde os fortes traficantes,

Controlam as comunidades,

Trazendo grande tormento,

Deixando um tom cinzento,

Sem dó e sem piedade.

Ganham ali os jovens pobres,

Que se afligem na miséria,

Pois são de fato excluídos,

Assim sem choro e nem vela,

Dentro desse tal regime,

Entram no mundo do crime,

Que tem por premio uma cela.

Por isso o nosso país,

Está caindo aos pedaços,

Pois os nossos governantes,

Só pensam em sim, e abraços,

Com os ladrões infiltrados,

Agindo por todo lado,

Fazem do povo bagaço.

Aqui tem tantos laranjas,

Muitos para exportação,

Como ratos de gaveta,

Devastando essa nação,

Desde alto ao baixo clero,

Já não é nenhum mistério,

O povo acredite ou não.

Parece que muita gente,

Carrega o roubo nas veias,

Mentirosos e charlatões,

Você acha de mão cheia,

São escolados em fraudar,

Prontos para te enganar,

Pra fazer seu pé de meia.

O que mais nos entristece,

Vermos no alto escalão,

As quadrilhas se montando,

Sem puxar o freio de mão,

Com isso a massa do povo,

Vivendo de pão com novo,

Morrendo na escravidão.

Os pobres em nosso país,

Vivem a custa das migalhas,

Para muitos nem é gente,

Que mereça ouvir-se a fala,

Onde o rico pinta e borda,

Pois a quem puder suborna,

Usando os trajes de gala.

Os governos infelizmente,

Trabalham pros abastados,

E os pobres que votaram,

São por tais excomungados,

Tornam-se de baixa extirpa,

Só nas campanhas políticas,

Voltam todos ser lembrados.

Dão-nos até cala frios,

Quando se assiste um jornal,

Estampando nas manchetes,

De um crime mais natural,

Com desvios de dinheiro,

Levados pra o estrangeiro,

Por tantos caras de pau.

Os salários congelados,

Dos pobres trabalhadores,

Que cada dia que passa,

Vão perdendo seus valores,

Dobram-se os tais impostos,

Que choram velhos e moços,

Pra enricar seus senhores.

Não dá nem para a comida,

Pra o pobre a fome matar,

Quem vive de subemprego,

Sente a miséria chegar,

Vendo as panelas vazias,

Chora por toda a família,

Sem ter de onde tirar.

Assim em tal desespero,

Em busca de solução,

O pobre que sobrevive,

Sem direito e sem quinhão,

Ouve o roncar da barriga,

Para enganar as lombrigas,

Tome farinha e feijão.

E os ricos por sua vez,

Embora tendo com sobras,

Agarra-se nas economias,

Com mil e uma manobras,

Gasta o mínimo que puder,

Foi-se a picanha e o filé,

Hoje é quiabo e abobora.

Com o pãozinho francês,

Custando quase um real,

As famílias decadentes,

Numa miséria infernal,

E nem a classe abastada,

Hoje está dando risadas,

Sem festas nem carnaval.

Só estão comemorando,

Essa enorme quebradeira,

Os maiores empresários,

Das agencias financeiras,

Com os juros sem controle,

Vão juntando seus valores,

Parece até brincadeira.

Nessa crise em que estamos,

Chora o grande e o pequeno,

Os que não têm se apavoram,

Com a tal miséria sofrendo,

Tem que aprender se virar,

E essa situação contornar,

Pra continuar vivendo.

É mesmo assim nossa vida,

Habitando em nosso Brasil,

O que se vê é comentário,

Quem te vê e quem te viu,

E a nossa terra adorada,

Deixou de ser pátria amada,

Pra ser de ladrões covil.

Cosme Barroso Araújo

29/04/2021.

CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 29/04/2021
Reeditado em 29/04/2021
Código do texto: T7244324
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