TUDO ACABA EM PIADA, NESSA TERRA DE BRINQUEDO

Num país sem estrutura,

Onde tudo é diferente,

Sente falta, toda gente,

Duma vida mais segura,

Com trabalho e fartura,

E isso não é segredo,

O trabalhador tem medo

De ficar a pé n’estrada.

Tudo acaba em piada,

Nessa terra de brinquedo.

Muito se fala em justiça,

Apurando o que é errado,

Dando ao justo seu bocado,

Sem um nada de preguiça,

Como árvore que viça;

Mas vemos que, logo cedo,

Inverte-se o enredo

Dessa luta malfadada.

Tudo acaba em piada,

Nessa terra de brinquedo.

Resta apenas o consolo,

Àquele injustiçado,

Sofredor, pobre coitado,

De saber que nesse rolo,

Ou se é honrado ou tolo;

No infeliz arremedo

D’algo forte qual rochedo,

Nunca se chega a nada.

Tudo acaba em piada,

Nessa terra de brinquedo.

Bom dia, amigos.~

Ótima sexta, Deus os abernçoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Obrigado, Jacó, pela bela interação.

Eu sei mas não me conformo,

Com tudo que tenho visto,

Seu cordel faz o registro,

Da vítima que me torno...

(Jacó Filho)

Obrigado, Guida, pela bela interação.

Nessa terra de brinquedo...

Até parece conto de fada...

Quando vem alguma promessa...

De que a coisa vai melhorar...

Vem logo a foice afiada...

Para nosso sonho desmoronar...

Às vezes eu tenho medo...

Do futuro que nos espera...

Para meus filhos e netos...

Qual mundo eu vou deixar.?

(Guída Sá)

Obrigado, Valdir, pela brilhante interação.

Tancredo Neves também,

que foi político estadista,

perdeu a sua conquista,

procurando o que não vem...

De Gaulle foi mais além,

fazendo crítica sem medo...

E o que diria Tancredo,

de bom humor, à Embaixada?

"Tudo [se] acaba em piada

nessa terra de brinquedo.

(Valdir Loureiro)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 04/06/2021
Reeditado em 10/06/2021
Código do texto: T7271097
Classificação de conteúdo: seguro