INTERAÇÃO COM O TROVADOR OLAVO RESPOSTAS EM DÉCIMAS AO PROJETO TROVA DO DIA. Francisco Luiz Mendes

INTERAÇÃO COM O TROVADOR OLAVO RESPOSTAS EM DÉCIMAS

AO PROJETO TROVA DO DIA.

Francisco Luiz Mendes

Para o texto trova “Elos”.

Se um dia acontecer

De abusares de mim,

Porém não será meu fim,

Nadinha, pois, vou sofrer.

Sempre estarás comigo

Seja lá aonde for,

Carregarei esse amor,

O que vão falar, não ligo.

Só eu sei do seu valor

Amarrado ao meu umbigo.

Para o texto trova “Recomeços”.

E sempre tem um lugar

Noutro coração de alguém,

Pois, quem pensa que não tem,

Mas, está a se enganar,

Com o tempo tudo cura,

Nada fica sem resposta.

Noutro amor a gente aposta,

E muda-se de figura.

O passado a gente encosta,

Daí, adeus amargura!

Para o texto trova “Remédio”.

Outra vez pude viver!

Eu feliz agora estou,

Pois, em mim tudo mudou.

Ao você aparecer,

Até sofri um bom bocado,

Mas, com a sua chegada,

A vida deu uma virada.

Já me sinto aliviado,

Depois da revigorada,

Por seu amor fui curado.

Para o texto trova “Indefesos”.

Oh, quantos somos pequenos!

Diante da maldição

Cada dia se tem menos

Gente cá nesse mundão.

O vírus é impiedoso,

Tanto faz novo ou idoso,

Pobre ou milionário

Branco, preto ou amarelo.

Quando bate o seu martelo,

É outro pro funerário.

Para o texto trova “Leseira”.

Quanto mais vida se tem,

Mais amigo ao redor.

A vida vai-se além

E tudo fica melhor,

Pois assim o tempo passa

O viver ficando massa

Nem sequer nota a idade

Então, o disse me disse.

Faz com que a caduquice

Volte à sua mocidade.

Para o texto trova “Pandemônio”.

Toda a diversão sumiu

Bem no final de semana

Esse tal vírus sacana

Foi quem se interferiu.

O encontro lá na praça

Aliás, está vetado.

Sem um abraço apertado

A vida ficou sem graça

Povo está aperreado

Ficar atrás de vidraça.

Para o texto trova “Mira”.

Eu não consigo parar

De mirar para você

Se tento a visão mudar

Pois, só vejo vosmecê.

Essa volúpia minha

Que tanto fura e me espinha

E também em ti contida

Só dilata meu desejo

Outra vez eu te cortejo

E aceitas minha investida.

Para o texto trova “Versos Vazios”.

Tentei compor um poema

A minha mente travou

Em branco tudo ficou

Fugira de mim o tema

Com a caneta na mão

Esperei acontecer

Pra que pudesse dizer

Que sinto no coração

Mas, nada pude fazer

Pois, faltou-me inspiração.

Para o texto trova “Clemência”.

O real amor não morre

Sempre está no coração

Quanto mais fica ancião

A esse amor se recorre

Um dia vir a sofrer

A dor da separação

Mais forte fica a paixão

É aí que está o saber

De conceder o perdão

E eternamente viver.

Para o texto trova “Taco Furado”.

Ele se exibe demais

Não passa dum pangaré

Tem fama de Zé-mané

Pelas redes sociais

Se tem até comentário

Ali por todo o harém

Vantagem se conta bem,

Mas é tudo do contrário

Pois, na hora do vai e vem

Pula fora do cenário.

Para o texto trova “Mudez”.

Tal boca muda é ruim

A bem da verdade digo

E é o pior castigo,

Pois até já penso assim

Interagir é importante

Para qualquer cidadão

Nesse mundo velho cão

É melhor ser um falante

Sem a comunicação

É zero passo adiante.

Para o texto trova “Espera”.

Não cansarei de esperar

Eu tenho toda uma vida

Lembro de sua partida

Sei que você vai voltar

Por isso, preocupo não.

Quando chegar esse dia

Recebo-a sem ironia

Eu digo de coração

Dou adeus à agonia

E acaba-se aflição.

Para o texto trova “Refém”.

Pois, não tem nada melhor

Do que saudade de alguém

E quando nada se tem

Isso é ainda pior

Melhor viver de saudade

Mesmo que seja distante

Que seja por um instante

Pois não importa a idade

Aliás, já é o bastante

Pra causar felicidade.

Para o texto trova “Linguarudo”.

Uma língua fofoqueira

Não tem metrificação

Sai aí nesse mundão

Causando tanta zoeira

E seja lá de quem for

O status não se importa

Pra futrica é folha-morta

Importante é ter autor

Aí que a fofoca corta

Semeando intriga e dor.

Para o texto trova “Solidão”.

É triste viver sozinho

Tudo é negro ao redor

Cada dia é pior

E morro devagarinho

Eu quero e urgentemente

Sair dessa solidão

Quero achar um coração

Pois, que seja bem fervente.

Feito lava de vulcão

Aquecer-me suavemente.

Para o texto trova “Único Caminho”.

Feliz desse cidadão

Ter Deus como seu senhor

E crê na foça do amor

Contida em cada cristão

Aliás, disse Jesus!

Que só o amor constrói

O egoísmo só destrói

E nada de bom produz

Pois se a vida se corrói

Cada vez menos reluz.

Para o texto trova “Nódoas”.

E mesmo que eu quisesse

Ainda não poderia

Eu recordo todo dia

Do seu beijo na quermesse

Deixando-me embebecido

Para sempre me marcou

No meu coração ficou

Presentemente rendido

E nem o tempo apagou

O que por mim foi vivido.

Para o texto trova “Recordações”.

O que de bom nós vivemos

Jamais será apagado

Tampouco vira passado

Pois, nunca que esqueceremos.

Estará sempre presente

Cá no nosso dia a dia

Na tristeza ou na alegria

Nada ficará ausente

Saudade logo alivia

O peso tão descontente.

Para o texto trova “Berço”.

Se Deus a mim ofertou

A terra tão abundante

Nela me fez habitante

Porque em mim confiou

Qual é, pois, o meu dever?

Muito por ela zelar

E para o meu bem-estar

Enquanto nela viver

Contas eu devo prestar

Se por mim vir a sofrer.

Para o texto trova “Retorno”.

Afora nesse mundão

Por aí perambulei

Confesso que não achei

Ninguém pro meu coração

A ti peço novamente

Outra chance, por favor.

Eu voltei por ti amor

Tempo que fiquei ausente

Só eu sei de minha dor

Nesse momento presente.

Para o texto trova “Esquenta”.

Não sofrerei certamente

Nesse tempo tão frioso

O seu jeito carinhoso

Vai me deixar superquente

E você juntinho a mim

Mais ardente vai ficando

Meu querer vai aumentando

Aí não tem tempo ruim

Sob a manta vou amando

E a gente faz o festim.

Para o texto trova “Nova Chance”.

Lá na porta alguém batia

E quem era fui saber

Quando vi não pude crer:

_ És tu? Quase que eu cria.

_ Sim, sou eu! Me respondeu,

Pois, e muito arrependida.

Quando daqui fiz partida

De volta cá estou eu

Pedindo sua guarida

Pra corrigir o erro meu.

Para o texto trova “Fios”.

Mas, era um zumbir total.

A minha vida de outrora

Enfim, mudou tudo agora.

Para melhor, afinal!

Uma simples ligação

Já me fez outra pessoa

Eu vivo sorrindo à toa

E curtindo essa paixão

Oh, que vida bela e boa!

Acabou-se solidão.

Para o texto trova “Recuo”.

Ah, se eu tivesse poder!

Fazia o tempo parar

Para com você ficar

E desse tempo esquecer

Pois, o amor não tem idade.

Que importa donde vem?

Mesmo sendo lá do além

Bastante é felicidade

E nos braços dum alguém

É pra toda eternidade.

Para o texto trova “Audácia”.

Tô no mesmo puxadinho

Vem ligeiro para cá

Deixa a vergonha para lá

Inda continuo sozinho.

Tu sabes e muito bem

Meu amor é verdadeiro

Aconchegante e braseiro

Aliás, vou mais além.

Sou um velho cavalheiro

E carinhoso também.

Para o texto trova “Cantadas”.

Juro! Resistir tentei.

Para com sua cantada

Contudo, muito agitada.

Diante do que escutei

A sua fala mansinha

Deixou-me muito doidona

E mais ainda babona

Até fiquei vermelhinha

Insaciável tigrona

Assim me entrego todinha.

Para o texto trova “Chamariz”.

Seu convite aceito sim

Por sinal até gostei

Isso é bom, logo pensei.

E para nós dois, enfim.

Muito tempo esse pensar

Que comigo ele ecoa

Agora caiu de boa

Eu não posso fraquejar

Que importa se é coroa

Quero me deliciar.

Para o texto trova “Bodas”.

Pro amor não tem idade

Quando se ama na real

Todo tempo é jovial

E reina a felicidade

Seja qual época for

O mesmo querer de outrora

No presente inda vigora

E com muito mais ardor

É no coração que mora

A força dum grande amor.

Para o texto trova “Toques”.

Tu queres e eu também

E não dá para evitar

Teu toque me faz voar

E ir muito mais além

O depois não me importa

Com o falar dessa gente

Nesse momento latente

Teu assédio me conforta.

O nosso desejo ardente

Para nós é o que comporta.

Para o texto trova “Sombras”.

Um dia se acontecer

E se você me deixar

Nada vai adiantar

Porém, vai sempre me ver.

Contudo, queiras ou não.

Do seu lado eu estarei

Uma penumbra serei

Feito carrapato em cão

Aonde fores, irei

Afora nesse mundão.

Para o texto trova “Hipócritas”.

Muita generosidade

Tantas palavras bonitas

Oh, quantas bocas malditas!

Eita! Quanta falsidade!

Até quando meu senhor

Vai a tal enganação

Para uma pobre nação

Que tem fome, sede e dor?

Já chega de promissão

E de tanto desfavor.

Para o texto trova “Elo Partido”.

O amor se não mais existe

Por razão desconhecida

A dor é mais dolorida

No coração lá persiste

E piora dia a dia

Vai ficando insuportável

Aliás, incomparável.

Tamanha melancolia

Momento é inconsolável

Só aumenta a agonia.

FIM.

Francisco Luiz Mendes
Enviado por Francisco Luiz Mendes em 07/06/2021
Código do texto: T7273097
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