A guerra
Incondicionalmente surge a guerra,
Na perceptível vulnerabilidade humana.
O medo, o ódio, o desespero e a fera,
O homem e sua incapacidade insana.
Uma luta em que todos são perdedores,
Onde a mente protagoniza os horrores,
Da destruição, do caos e da lama.
Em meio a guerra tão inconsequente,
Assustados alguns, eufóricos outros,
O desejo no sangue do combatente,
A bandeira flamulante em panos rotos...
Bombardeios e os tiros ensurdecedores,
As fronteiras tornando-se corredores,
Dos inocentes a correrem feito potros.
A guerra, por fim, lamentavelmente,
Cujos jovens morrem sem heroísmos.
Onde velhos choram pelos seus entes,
A humanidade mergulhada nos abismos.
Rasteja o inimigo, agoniza-se o aliado,
Do clamor a Deus, do repúdio ao Diabo,
Nada será como antes, aos olhos vistos.