A guerra

Incondicionalmente surge a guerra,

Na perceptível vulnerabilidade humana.

O medo, o ódio, o desespero e a fera,

O homem e sua incapacidade insana.

Uma luta em que todos são perdedores,

Onde a mente protagoniza os horrores,

Da destruição, do caos e da lama.

Em meio a guerra tão inconsequente,

Assustados alguns, eufóricos outros,

O desejo no sangue do combatente,

A bandeira flamulante em panos rotos...

Bombardeios e os tiros ensurdecedores,

As fronteiras tornando-se corredores,

Dos inocentes a correrem feito potros.

A guerra, por fim, lamentavelmente,

Cujos jovens morrem sem heroísmos.

Onde velhos choram pelos seus entes,

A humanidade mergulhada nos abismos.

Rasteja o inimigo, agoniza-se o aliado,

Do clamor a Deus, do repúdio ao Diabo,

Nada será como antes, aos olhos vistos.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 02/05/2022
Reeditado em 03/05/2022
Código do texto: T7507994
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