BATALHA

Em terras distantes, em tempos remotos.

Havia castelos, princesas e guerreiros.

As lutas eram tantas, criavam terremotos.

Estivesse sol ou caindo aguaceiros

Dois cavaleiros, cada qual em seu corcel.

Encontraram-se para a batalha

A princesa, como natural, era o troféu

Um era seu grande amor outro, um canalha.

Tarde nebulosa, até o tempo estava triste.

A princesa aos prantos implorava que não

Era necessário, ambos com espadas em riste

Desejavam resolver a questão

Eram cavalheiros, seguiam a lei.

Foi dado o sinal, com um baque no tambor.

Esgrimiram. Um queria apenas ser rei

Outro queria viver ao lado de seu amor

Eram exímios, dura luta seguiu-se.

Entre golpes e contragolpes.

Para desespero da dama, o amado feriu-se.

O escudeiro trouxe o cavalo, a galopes.

Ao chegar próximo ao seu amo.

Olhou estarrecido para a cena

Esvaía-se seu sangue humano

Nada podia fazer, só chorar, pena.

A princesa histérica gritava

O rei então resolveu tudo acabar

O vencedor não aceitava

Venceu, queria com a moça casar.

“Sou rei, e como tal posso tudo acabar”.

“Sois o Rei, majestade, e assim sendo

Devereis cumprir o que estávamos a tratar

Quero o troféu. Ela não me tem amor, estou vendo “

“Mas o amor não me interessa, quero o trono

Que será meu por direito

Meu nome será Rei Diogo, o Nono “.

Bradou aos ventos, seu feito

A princesa, coitada, resignou-se

Previa uma vida triste e solitária

Em seus aposentos fechar-se-ia

E morreria enrolada em mortalha

................

Entrou no quarto, junto à criadagem

Viu então uma pomba em sua janela

Compreendeu a doce mensagem

Mandada pelo amado, somente para ela

“Serei eternamente teu, vidas passarão

Morreremos e renasceremos...

Séculos e séculos virão...

Mas um dia nos pertenceremos “

“Agora viverei em paz...

Na certeza do amor eterno

Tornar-me-ei duramente capaz

A esperar este encontro terno “

E assim foi, até os dias atuais

Quando a máquina faz o papel

De mensageiros reais

E o conto escrito em cordel 13 nov excluir kelly feliz

Encontraram-se, amante e amado

Princesa e cavaleiro

Mas o destino é malvado,

Acabou com tudo, num tiro certeiro

Houve o encontro virtual

E o reconhecimento foi imediato

Tudo neles era natural

Como o gato caçar o rato

Tão perto e tão longe

Ambos encontravam-se assim

Ela calou-se, qual monge

Premeditando qual seria o fim

Não será desta vez...

Quem sabe em outra vida

O sonho novamente se desfez

Dorme a princesa, caída.

Kelly Chiabotto
Enviado por Kelly Chiabotto em 24/11/2007
Código do texto: T751142
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.