Feira de Rua. Homenagem aos Feirantes de Serrinha.

O “Feira de Rua” é um poema fruto de um trabalho produzido por mim pelo qual participei de uma gincana com os alunos da Escola Jonice Silva Lima de do Povoado Subaé Zona Rural de Serrinha Bahia em Setembro de 2010 tempo em que estava cursando o segundo ano do ensino médio: a referida gincana foi promovida pela Secretaria Municipal de Educação Cultura Esporte e Lazer de Serrinha em homenagem aos feirantes de nosso município.

Nossa Escola foi a campeã e, recebemos como prémio uma viagem para a praia de Barra do Jacuípe no interior da Bahia, na qual vivemos momentos de descontração e reflexão sobre a natureza e o comportamento do ser humano quanto a exploração de seus recursos.

Este passeio marcou para mim, pois apesar do avançar de idade tive o privilégio de contribuir com os colegas de sala, com os professores, e ainda salvei da fúria das águas do mar, minha afilhada Aline, que em um determinado momento Deus me colocou junto a ela e minha filha Taise. Em questão de segundos ela foi dominada pelas ondas, e eu tive a força para tirá-la claro que com a força de Deus. Guardei comigo essas lembranças, pois nos serve de alerta para jamais nos esquecermos de Deus, para assim aprendermos sempre a respeitar a força da mãe natureza.

A "Escola Jonice Silva Lima" me proporcionou grandes emoções.

Dedico esse singelo trabalho aos meus professores diretores e colegas da referida Escola.

Feira de Rua. Aut. Antonio Carvalho de Queiroz

(Cristovão de Chapada).

A Escola Jonice apresenta

Por meio desse cenário

Algo extraordinário

Que a economia alimenta

Não é nada que se inventa

Tudo é realidade

Acontece na cidade

Que é minha e que é sua

É a nossa feira de rua,

E sua adversidade.

Na feira se pode ver

O povo se encontrando

Uns vendendo outros comprando

Seriais para comer

Chá de ervas pra beber

Manga banana araçá

Abacaxi cambucá

Coco verde e licurí

Castanha de cajuí

Laranja e maracujá

Uns armam a barraquinha

Outros põe lona no chão

Alguém com carrinho de mão

Tem tomate e batatinha

Outros com ovo e galinha

Lá vem o propagandista

Com sua linguagem de artista

Vende remédios caseiros

Receita de benzedeiro

E pomadas para as vistas

Tem cestos e caçuá

Esteira de patióba

O bôca-pio de pindóba

Para às compras poder levar

O aió de caruá

Pra o caçador de rolinha

Badógue e espingardinha

Ovo de pata e de perua

Tudo se encontra nas ruas

Da feira livre em Serrinha

Na conversa dos compadres

Sempre forma uma rodinha

O afilhado e a madrinha

Se encontra e matam a saudade

Se falam das novidades

De uma de outra região

Trabalhador e patrão

As contas vão acertar

E o dinheiro que sobrar

Vai ser gasto no feirão.

Quando chega o fim da feira

É aquela correria

Se sobra mercadorias

Se guarda a semana inteira

Uns enrolando às esteiras

Outros guardando às bananas

Pagando o carro ou de carona,

Pra casa tem que voltar

Mas já sonhando em chegar

O outro fim de semana...

Obrigado a todos pela visitas e os grandiosos comentários dispensados aos meus humildes e simples e singelos versos e textos. Grande abraço a todos.