In Memorian ao poeta conterrâneo, Gilmar Pereira, O Poeta das Manhãs



Feito uma maré sem orla
E pinto sem ter seu ninho
Solidão, sem pergaminho
Sua comida, uma esmola
Se a mata é sua escola
Que lhe trata com carinho
Cansado canta sozinho
Pois seu canto não decola
Como é triste um passarinho
Viver preso na gaiola
A prisão que lhe assola
Sem beijar-flor, é espinho
Na mata não faz seu ninho
Feito onda sem marola
É um jogador sem bola
É um odre sem ter vinho
E cantar triste é mesquinho
É repente sem viola
Como é triste um passarinho
Viver preso na gaiola.”

( Gilmar Pereira " O POETA DAS MANHÃS )





AMOR SEM NINHO

Como é triste um amor
Quando perde o seu ninho
Desprezado passarinho
Cantando seu desamor
Magoado põe-se a voar
Embora triste e sozinho
Ele segue seu caminho
Sem saber onde pousar
Distante, em qualquer lugar
Quer construir o seu ninho
Entregar o seu carinho
Quando outro amor encontrar
Por ora é como uma flor
Sem beija-flor, só espinho
Como é triste um amor
Quando perde o seu ninho

( ErivasLucena )

 
Erivaslucena
Enviado por Erivaslucena em 19/05/2022
Código do texto: T7519389
Classificação de conteúdo: seguro