Devoção a Santo Antonio de Pádua.

A Comunidade de Chapada a maioria de seu moradores são católicos. E temos a devoção a Santo Antonio de Pádua nosso Padroeiro. Respeitamos nossos irmãos e irmãs que professa outras doutrinas. E com humildade peço licença aos irmãos e irmãs de outras Religiões que fazem parte são parte do "RECANTO DAS LETRAS", para apresentar um cordel no qual conta um pouco de nossa caminhada vocacional rezando a tradicional TREZENA DE SANTO ANTÔNIO.

Com vossa licença! Boa leitura.

Em 100 anos de orações

Ao nosso amável Padroeiro

E cada dia primeiro

Renova se as emoções

Bate forte os corações

Dos devotos em Chapada

Alegrando a criançada

Com hinos fogos e louvores

Graças a Deus e aos fundadores

Da trezena tão amada.

Na segunda noite os mordomos.

Eram os alunos e os professores

Que enfeitavam com flores

O altar do paduano

Com fé no Deus soberano

A Santo Antônio se orava

Os alunos incesava

Nosso amável Padroeiro

E no trezenario inteiro

Suave odor se exalava.

Prosseguindo a devoção

Terceira noite celebrada

Com ladainha cantada

Em forma de oração

Com o Turibulo nas mãos

As meninas as brasas buscavam

Ao pé, dá fogueira estavam

Jovens, que com prazer imenso

Tiravam as brasas para o incenso

E o altar se incensava.

No raiar do quinto dia

Como nas noites passadas

Fazia-se a alvorada

A tradição se cumpria

De, festejar com alegria

Nosso amável Padroeiro

O santo do mundo inteiro

Que dá Igreja é dotor

E é nosso intercessor

Ao nosso Deus Verdadeiro.

Todas as noites o altar

Ficava uma formosura

Velas e flores em forma de escultura

Pra Santo Antonio enfeitar

As, luzes das velas a brilhar

A essência das flores se exalava

O, aladim, se apagava

Quando as bombas explodiam

A emoção é a alegria

Em preces se transformavam.

Nona noite celebrada

Com fogueira fogos e balão

As preces, e louvação

Pela banda acompanhada

A música bem orquestrada

Que vinha lá de Serrinha

Zé de Bilia era quem tinha

Do pifano a melodia.

Que fazia a alegria,

De todos que aqui vinham.

Na noite décima primeira

As moças eram quem enfeitavam

Com velas que iluminava

Jarros de flores em fileiras

A Igreja por inteira

De odor e luzes se enchia

As moças também escolhiam

As preces os hinos e louvores

Uma diversidade de flores

No altar se exibia

As orações se elavam

Pedia-se a Santo Antonio

Proteção para o matrimônio

E, pela paz se orava

Enquanto a fogueira queima

Fogos nos ares se explodiam

Aumentava a alegria

Entoava-se os louvores

E Santo Antonio entre as flores

No altar resplandecia.

Nos anos 80 então

A trezena foi mudada

Liturgia renovada

Tirou-se a tradição

De fogueira e figuetao

E o gesto de incensava

Buscou-se iluminar

As noites com as Leituras

As Sagradas Escrituras

Começamos a meditar.

Muitos anos já passaram

Celebrando diferente

O Evangelho presente

Os palestrantes pregaram

Todos os que nos visitarem

Deixaram suas mensagens

Levaram em mente a imagem

De nosso amável Padroeiro

A quem no trezenario inteiro

Prestamos nossa homenagem.

E nas noites de leilão

Aumentava a alegria

Com o saudoso Elias

Que fazia a animação

Antonio Grosso outro irmão

Que tanto leilão gritou

Bórico colaborou

Antonio Bahia também

Carlito gritava bem

Manoel de Augusta os ajudou.

O saudoso José Maria

Leiloeiro de primeira

Sapateava na poeira

Era a maior folia

Manoel do Mocó

Também fazia

A maior animação

Era, festa, era leilão

Arrematados com amor.

Cristovao Zé Roque e João Miguel

Assumiram o mesmo papel

E o leilão continuou.

Esse cordel foi escrito entre os dias de 01 a 13 de junho de 2011 quando celebramos o centenário de devoção a Santo Antonio de Pádua..