MORAL DA HISÓRIA

Moral da história

I

Um respeitável Senhor!

Que vivia em um reinado.

Era bem considerado,

Por ser muito bom e sábio:

E por todos bem amado,

Além de ser justo Arábio.

II

As suas ações comerciais.

Era honesta e honrosa,

Sincera e muito vigorosa.

E o seu sucesso se dava:

Por conta de um empregado.

Honesto que o respeitava.

III

Mas por questão superior.

O patrão referendado,

Fizera então uma viagem.

E ficou logo afastado:

Do seu promissor negócio,

Mas deixou bem anexado.

IV

Um vigia dos seus negócios.

Diante de um tal contexto,

Fica um ávido capataz,

Que usa de um ardil pretexto,

E de um grave subterfúgio:

Pra alterar o texto contábil.

V

Para punir o empregado,

Com uma igual chibatadas.

Com vigor e com injustiça,

Com quinze pancada dadas.

O mesmo fica parado:

Com a injustiça marcadas.

VI

Ele retorna pra casa.

Muito judiado e tristonho,

Para encontrar sua boa esposa.

Pra expor o fato medonho.

Acontecido no trabalho.

Pra exaurir a dor suponho.

VII

De imediato narra o fato.

E até num tom de protesto:

Ela ouve com muita atenção.

Todo o seu manifesto,

E a inda lhe diz muito bem:

Nosso Amo é bom atesto.

VIII

Espere com resignação...

O nosso patrão chegar.

Ele tem bom coração!

Esse ato vai renegar:

Com a sua sabedoria,

A injustiça vai reparar!

IX

Menos de duas semanas,

O Sábio patrão chegou.

E com receio de alagar:

A pena, pois o contou.

O seu patrão bem ouviu,

E rápido sentenciou.

X

A favor: Do seu empregado,

Logo indaga a quantidade:

Das chibatas sofridas.

Foram quinze com crueldade,

Ó meu honroso Senhor!

Nunca vi tanta maldade.

XI

O amo diz ao capataz!

Faça uma compensação.

Dê a ele uma moeda de ouro:

Digo: Quinze pela ação.

Da sua danosa injustiça:

Cruel de um mau coração.

XII

Recebe as moeda de ouro.

Retorna logo pra o seu lar,

E cai nos braços da esposa,

E inicia lagrimas derramar.

A patroa indaga a razão:

De tanto choro a debulhar.

XIII

E responde de mediato.

E ficando a perguntar.

Porque não foram bem mais:

Tenho porte pra aguentar!

Se assim fosse bem muitas.

Mais ouro tinha a resgatar.

Maranguape, 28 de julho de 2022.

(Voltaire Brasil)