O CARA QUE NÃO BAIXAVA O PAU

O CARA QUE NÃO BAIXAVA O PAU

Ele, o João Grande um cara aborrecido, e aperreado
Vivia quase só na caatinga na quentura do nordeste
Seu pensamento: ter uma  "muler" super maravilhosa
Que lhe desse carinho, muito amor sem muita prosa
Cozinheira, cheirosa na cama, e sensual companhia
Que não lhe aflingisse com reclamações, discreta...
Aquela santa, sorridente, asseada, agrado de poeta.
Que ora se encontrava no infortúnio de sensual agonia...

Ele achegou-se no monumento vestido de saia  justa
Olhou-a da cabeça aos pés: que maravilha de criatura!
Gaguejou ao balbuciar as primeiras palavras: Justinaaa...
"Cê qué sair comigo praquele  bailão deste fim de semana"?
Esperada resposta dos lábios carnudos demorou demais
O arraso :" quero ir com ôce João Grande, "balbuciou"...
O coração do moço através do  pau duro se manifestou.

Era um dia de luto politico de bandeira  asteada: meio pau
Mas, chegada a noitinha foi ter com  a desejada menina.
Terno branco, linho, sapatos de verniz ,cabelos na brilhantina
e o  sorriso quase perfeito, faltavam-lhe alguns dentes...
Ela prontamente retribuiu, vestido de chita, uma linda menina.
O corpo estremeceu, o sorriso tomou conta do seu rosto
Tudo  ficara gravado em sua estática e perplexa retina
O corpo da jovem, criatura imaculada, a virgem Justina!!!

Aquele baile foi o que se pode taxar de divino, sensacional
O João Grande entrelaçado com a Justina, o mastro liberto...
Esfrega que esfrega, a dança rebolativa, o pau duro, noite divinal...
Justina gemia, balbuciava algumas inentilegíveis palavras
Estremecia afrouxando o colo ora liberto para o ajuste final...
Era virgem, e agora se entregava ao seu homem encantador
A guardada a  virgindade, velado tesouro, perfeita e bela flor
Enfim entregue ao pau liberto, seu  único e verdadeiro amor!!!

 

By: Maurélio Machado