Vida de vaqueiro

Vida de vaqueiro

É meu grito de aboio

Quem domina a boiada

Quem faz eco lá na serra

Quando é de madrugada

Vou gritando e aboiando

Na poeira da estrada

Vou montado no cavalo

De perneira e gibão

O cavalo não é meu

Ele é do meu patrão

Entre cavalo e boiada

Só me sobra o Poeirão

Minha vida de vaqueiro

Comecei quando menino

Foi herança de vovô

Cabra macho nordestino

Hoje mora lá no céu

Aboiando pro divino

Nada mais eu aprendi

A não ser só trabalhar

Aprendi lhe dar com gado

E plantar pra cultivar

Eu também não estudei

Pois não pude estudar

Até mesmo a moradia

É nas terras do patrão

Pois eu sou seu morador

Por não ter outra opção

E assim eu vou vivendo

Conforme a destinação

Já dizia seu Luiz

Dentro da sua canção

O vaqueiro nordestino

Morre sem deixar tostão

E seu nome é esquecido

Nas quebradas do sertão.

Diosmam Avelino- 05-12-2013

DIOSMAM AVELINO
Enviado por DIOSMAM AVELINO em 04/12/2022
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