“Cardápio à mesa”

 

               1

Cardápio posto à mesa

Em meio à enganação

O pleito que dividiu

Em duas partes a nação

O Brasil partido ao meio

O povo no escanteio

Até a nova eleição

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Como peça no tabuleiro

O povo cai na armação

Uma jogada de mestre

Feita pelo alto esquadrão

Tira e bota quem quer

E o povo como mané

Perambula sem direção

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Um cardápio recheado

Regala olhos do cliente

Chama lobos e amigos

A comida é atraente

As escolhas são feita

À  esquerda fica a direita

A ranger os seus dentes

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O alimento é servido

Cada prato em fatias

Esbugalham os olhos

Vendo tanta quantia

E a velha criatura

Pagando sua soltura

Cada um ali servia

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Enfim tudo acabou

A conta já foi paga?

Nada disso amigo

Isto é uma praga

Que ressurge e germina

Impondo sua doutrina

Nunca mais se acaba

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A divisão enfraqueceu

Cumbuca voto não viu

Internet buscou no céu

Voto de quem já subiu

Nos rabisco o golpista

Tirou nomes da lista

De quem não se aderiu

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Uma vitória sem plateia

Não vi comemoração

Retomada do poder

Era a metade da nação??

Ou tudo isso é mentira?

O povo bota o povo tira?

Eu não entendi não!!!

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Um Brasil verde e amarelo

Coisa linda de se vê

As ruas todas recheadas

Ali sim, vi o “Poder”??

Não! Não é verdade

Estes era só a metade

O resto foi se esconder

               9

Uma dupla covardia

Escolher outro brasil

Dentro de um Brasil só

Sem as cores do anil

Quem ganhou não vibrou?

Quem vibrou não ganhou?

A divisão os sucumbiu

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Perdi alguns contatos

A esperança também

Bloqueei algumas pessoas

Pois ofensas não convém

O 2023 é premonição

Pra quem tem convicção

O  passado volta de trem

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Um trem desgovernado

Sem saber onde vai parar

Pisando no agronegócio

Grandes danos pode causar

O mercado que emprega

Vai sofrer tanto esfrega

Muitas portas vão fechar

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A desordem mostra a cara

Bem por debaixo do pano

A falsidade vende clareza

Escondendo o segundo plano

Registro aqui minha tristeza

Por saber que nossas riquezas

Está mão destes profanos

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Queria plantar otimismo

Mas confesso não consigo

Desde o ultimo resultado

Me recolhi em meu abrigo

Caminhar nos caminhos

De quem planta espinho

Confesso que é castigo

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Somos “gente que faz”

Nunca vamos desistir

Plantar nova semente

Esperar a roseira florir

Da roseira à esperança

Aumentar a confiança

Nosso Brasil reconstruir

 

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Se ainda tempo houver

Por aqui ainda estiver

Ao lado de minha mulher

Pegarei minha roçadeira

Irei cortando a podridão

Tirando de baixo do colchão

A sujeira da contravenção

De toda corte brasileira

     

No senado jogarei gasolina

Queimarei toda purpurina

Que esconde cada propina

Que esta casa maquiou

No congresso da covardia

O qual se fez que não ouvia

O clamor da voz que um dia

Por socorro na rua implorou

 

Neste congresso vou sapecar

As teia de aranha vou queimar

E se ainda a sujeira não acabar

Lançarei mão do maior vetor

Vou contratar o fiel Jhon Wick

Quem não votou se justifique

Para alta cúpula se explique

Digníssimo culpado eleitor

 

Por:  Eneude de Barra Verde