ABSTRATO ELO DA POESIA DE CORDEL

Com a vida em minhas mãos

Fiz um canto de louvor

Busquei nas entranhas a dor

Para suavizar minha cantata

Em prece que se reza

Num murmúrio sendo melodia.

Quem sa da dor de te ter

Eu pude sentir a luz

Nos brilhos dos raios da alma

Através da vida iluminada

Pela fresta da janela

Fazendo raio o luzir.

Minha ação de me ter

Era apenas um esconderijo

Donde estão as fadas

Escondidas num abrigo

Louvando a virgem mãe

Que no está no santuário.

A minha louvada prece

É confusa em terço

Rezado em fervor

Pela contas do rosário

Que místicamente sinto

O porquê da rima em contas.

Sou o errante erro que grita

Na agonia do coração triste

Depauperado pela fé ilusória

De quem a sabedoria bucólica

De permanecer solitário

No ermo das cantigas alegre.

Se essa terra geme

Pela falta de água

Eu não posso dizer nada

Apenas olho o rio

Que molha o rosado

Em meio a chuva.

Se o carcará boa

Pelo céu sem luar

Digo ao sol: vai-te!

As nuvens me mostra a lua

Numa tênue e brilhosa canção

Que como fato se põe iluminada.

A minha vida é frágil

Não sinto o mar cantar

Através da sinfonia de partais

Que voam em silencioso coro

Preenchendo minha alma

Numa doce canção.

Sou e serei o elo perdido

Desse mar celeste e contridos

Em jardins vividos da vida

Numa fé de contos contemplativos

Pois o verbo dessa poesia

Em minha boca reza- se.

Sou dois perdidos

Nesta noite solitária

Sentindo medo da vida

Num beijo só

Partido em metáforas

Que perde-se no deserto.

Sérgio Gaiafi
Enviado por Sérgio Gaiafi em 17/03/2023
Código do texto: T7742560
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