Vida no interior em cordel

Vivi a vida humilde do meu interior

Na prosa desde da raiz do meu avô

Não nego jamais meu amor pela terra

Lembro do passado que não se encerra

Minha vida é feita de luta e não de guerra.

Moro no sertão carrasco e de taboleiro

Aqui tem matuto sim e também vaqueiro

Mais não se enganem o matuto é sabido

Sabe plantar a semente e é muito atrevido

Planta em solo bem diferente é destemido.

Meu lugar é encravado no sertão potiguar

Aqui o lema é a busca de sempre trabalhar

A luta inicial é a peleja da água para se viver

O tempo é o nosso amigo,e é preciso correr

O roçado precisa está pronto para se colher.

Aqui na minha cidade de Pedro avelino

Aprendi muito com Luquinha Ascendino

No modo de lhe dar com a terra na serra

O agricultor de raiz não foge de sua guerra

Que é plantar cuidar e proteger sua terra.

nosso chão fica no mato grande lá no recanto

O solo é arisco mais tem carrasco lá no canto

Eita são José terra de homem e de mulher

O que meu avô plantou ele colheu na sua fé

Fazia café na madrugada e já estava de pé.

O ritimo quem ditava era o velho experiente

Alegrava a família de uma forma diferente

Ensinava honestidade com seu jeito contente tratava filhos e netos com amor no ambiente

Era um senhor que gostava de seus parentes.

No interior também se aprende a viver bem

Cada um busca seu modo e seu jeito também

Aqui é o inverno e verão as estações que vem

O outono e a primavera passa longe meu bem

Agente aprende com a natureza e o que tem.

Eita tempos bons eram o do famoso algodão

Agente conhecia muita gente de cada região

Na fazenda a produção era a nossa salvação

Mais nunca se deixava de plantar nosso feijão

Fortalecia nossa família e a riqueza no sertão.

Deu batata doce de todo tamanho sem igual

Cada uma com mais de cinco quilos na real

Foi aqui mesmo nesse sertão da zona rural

Nas proximidades do rio serra guda, um legal

Se plantou jerimum, melancia e até milharal.

Sem muita delonga o assunto é sim extenso

Quanto mais agente fala,mais eu fico penso

A vivência do passado imagina é propenso

Não pare de pensar esqueça o que foi tenso

Só falei aqui o que foi bom e como eu penso.

AUTOR: Poeta do sertão potiguar.

poeta do meu sertão
Enviado por poeta do meu sertão em 01/05/2023
Reeditado em 21/08/2023
Código do texto: T7777645
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