SÓ PROMETA, ENTÃO
Ninguém vive de promessa(s)
Em nenhum canto da Terra
Porque todo “carneiro” berra
Mormente se ele tem pressa
Diga que se divertiu à beça
Quando esteve no cercadinho
Toda manhã, bem cedinho
Convivendo com o povão
Estendendo-lhe sua mão
Doando amor e carinho
Fora aquele brasileiro
Que almejara algo mais
E sem retroceder jamais
Quis ser fiel escudeiro
Daquele povo altaneiro
Que não estava sozinho
Até quis ser bom mocinho
Mantendo a velha preleção
Estendendo-lhe sua mão
Doando amor e carinho
Por pouco não conseguiu
Atingir sua grande meta
Quis andar em linha reta
Mas o seu plano imergiu
E quase que a casa caiu
Ao trilhar outro caminho
Precisou ficar mansinho
Ao minar sua projeção
Estendendo-lhe sua mão
Doando amor e carinho
Achou que iria continuar
Com seus atos e façanhas
Porém não teve as manhas
Para não se deixar levar
Porque em pleno alto-mar
Nenhuma ave faz seu ninho
Nem se vê um passarinho
Andando só numa multidão
Estendendo-lhe sua mão
Doando amor e carinho
Servir o povo era preciso
Outros o fizeram e deu certo
Se tentou ser mui esperto
Só acumulou prejuízo
Portanto, não seja indeciso
Em momentos de desalinho
Fique lá no seu cantinho
Visando à próxima eleição
Estendendo-lhe sua mão
Doando amor e carinho
Seara inóspita, esse é o nome
Dessa área mui disputada
Cada pleito é uma empreitada
Que muito da nação consome
Ainda que não mate a fome
De todo o povo ribeirinho
Prometa, então, bem baixinho
Erradicarei a corrupção...
Estendendo-lhe sua mão
Doando amor e carinho