Quem luta por liberdade Não renega seus labores

Matuto corre assustado

Vencendo o laço da morte

Escapando assim por sorte

Nesse mundo de pecado

A todos deixa o recado

A ninguém deve favores

Ignora o os opressores

Mostra ao mundo sua vontade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

Sacode os peitos na mata

Desbravo lascas de pau

Come comida sem sal

E qualquer nó já desata

Qualquer mando desacata

Livra do corpo os horrores

Pois os falsificadores

Agem no fio da falsidade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

Reuna a cabrueira calada

Traz eles pra nossa luta

Com certeza absoluta

De uma luta assim travada

Não temos medo de nada

Cansam de ser sofredores

Do mal não são apoiadores

Daqui até a eternidade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

Rompe terra desbravando

As lutas tantas do mundo

Não abre por um segundo

A força de viver lutando

Defendendo e vai acreditando

Que o mundo precisa de flores

De plantações de amores

Pra vencer qualquer maldade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

Desde D.Pedro Primeiro

Passando pelo Segundo

Conheço a historia a fundo

Com relato verdadeiro

Tudo foi feito por dinheiro

E os mesmos castigadores

Do sangue provocadores

Escorrendo em crueldade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

BRASILEIROS LAÇOS FORA

O grito foi ecoado

O laço foi arrancado

Quebrando na mesma hora

Os tratados de outrora

Que mudavam suas cores

Pra não viver de favores

Mostrando dignidade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

Aos negros índios mulatos

Cafuzos Mamelucos branquelos

Aos das chinas amarelos

Deixam sim tristes relatos

Sofridos pelos maus tratos

Por algozes infratores

De toda paz destruidores

Matando a própria irmandade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

Branquidão HITLERIANA

Escravagista miserável

Supremacia Ariana

Por um ser tão detestável

A outro pior incomparável

Semeador de horrores

E todos seus seguidores

Que semearam a maldade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

Vai lá capitão do mato

Covarde maltratador

Passa ser um opressor

Vivendo um triste fato

Ao teu próprio o relato

Da casa branca defensores

Dos teus irmãos torturadores

Essa foi tua realidade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

Nos tempos em que vivemos

Esqueceram o passado

Deixando a história de lado

É isso que estamos vendo

O povo ainda sofrendo

Alimentando as dores

São vários esses fatores

De estampada crueldade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

A história desse Brasil

Eu sei que foi mal escrita

Se você não acredita

Não sabe o que sentiu

O nosso povo varonil

Grafou na pele os horrores

E provou os dissabores

Sofrendo barbaridade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

Até mais distinto povo

Findo aqui a narrativa

De forma bem criativa

Quem sabe volte de novo

Nesse cordel eu promovo

Enaltecer os valores

Dos vates e dos fazedores

Da rima com autenticidade

Quem luta por liberdade

Não renega seus labores

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 07/06/2023
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