HERANÇA É UMA FACA DE DOIS GUMES

HERANÇA É UMA FACA DE DOIS GUMES

POR JOEL MARINHO

Quem quer briga não quer paz,

Pois só quer saber de guerra

Criando pânico na terra

Sede de sangue, voraz

Jamais pensa em união

Só fala em destruição

E nunca está resolvido

Reclama porque não tem

Quando tem não está bem

É um mal agradecido.

Não tenho tudo que quero,

Mas amo tudo que tenho

Porque se quero me empenho,

No entanto, sem desespero

Não busco império na terra

Geralmente acaba em guerra

Entre irmãos, filhos e filhas

Herança e muito dinheiro

Pode causar desespero

E separação de família.

Pode discordar de mim

Tu tens total liberdade,

Mas o que falo é verdade

É quase sempre assim

Eu sei que há exceção

Herança com união

Numa família de paz

Entretanto, isso é restrito

Por isso falo e repito

Herança é bicho voraz.

Eu vou deixar de herança

À minha nobre família

Paz ao meu filho e filhas

Tranquilidade e esperança

Meus poemas e poesias

Para lembrarem um dia

Desse humilde escritor

E quando eu bater as botas

Eles falem sem anedotas

Papai errou, mas amou.

E cada um que construa

A sua própria história

Para deixar na memória

Um “livro” sem falcatruas

Mesmo que passem cem anos

Todos dirão sem engano

Este vale ser lembrado

Entre erros e acertos

Ele deixou grandes feitos

Paz e amor é seu legado.

Um abraço a você

Que ainda dá trela a mim

Eu fico feliz assim

Escrever é um prazer

Já até tentei parar

Porque dinheiro não dá,

Mas não vivo de escrita

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Quem sabe possa sair

Outra estória mais bonita.