Filosofia moderna

1.Vou falar da vida

Não se espante

É assim todo instante

A ilusão mantida

Antes e durante

A luz acendida

2.Nascido entre dores

É lindo o coitado

Diz o pai amado

A mulher dos amores

Porem toma cuida

É caminho de dores

3.Vai engatinhando

E ainda tem atenção

A mãe lhe da lição

O pai vai amando

Criando uma ilusão

Vai lhe criando

4.Começa a andar

Os pais tiram retrato

Ele quebra o prato

Continuam a sonhar

E custear o trato

Pensam em ganhar

5.Vem a adolescência

E tudo se transforma

O corpo toma forma

Perde a inocência

Hora de reforma

De outra essência

6.Diz não ao concito

De mãe e de pai

Seu caminho onde vai

Esquerdo ou direito

Não sabe onde Sai

Nem entra o direito

7.Na escola ele ler

A carta magna

E freta a Magda

Gerando outro bebê

Ciclo da maquina

Isso ele não vê

8.Decepção dos pais

Queriam um doutor

Porem ele fez amor

Como tantos tais

Estudou sem vigor

Namorando mais

9.Pai de família

Sem grana e ofício

Na cidade é difícil

Ele só tem valia

Para o sacrifício

O destino já previa

10. Mas na sua televisão

O governo diz ajudar

Ele vota pra ganhar

Acredita no sermão

Porem não vai mudar

É outra encenação

11. Ele vai a igreja

Para pedir oração

Mas sem contribuição

O seu olhar mareja

Comovido na canção

A mulher ele beija

12. Seu filho vai andar

Precisa de um causado

E passear arrumado

Na moda tem que entrar

É capricho e cuidado

Mãe e pai têm que dar

13. Cadê o dinheiro

É o grito depressivo

Enforca-se é o aviso

Mais um guerreiro

Sai do mundo vivo

E deixa herdeiro

14. Já a mulher diz ai

Que farei meu Deus

Se o homem diz adeus

Voltarei ao pai

Irei para os meus

A sogra lhe diz: vai

15. O avô paga a pensão

Se seu filho não tem

Da lei não escapa ninguém

Diz o famoso bordão

Só se tiver vintém

Para molhar sua mão

16.Quem um dia diria

Depois de criar filho

Os olhos perdem o brilho

E parte da mais valia

Vagão sem entrar no trilho

Outro tempo viria

17. Em vez de descanso e paz

Mais trabalho e rancor

Na idade turva do condor

Já os ossos sem minerais

Carne uma fonte de dor

Provações desiguais

18 O que esperar da vida

Nestes últimos dias

Farei consultorias

Antes de dá por perdida

Creio nas fantasias

Embora encardida

19.É a foto recente do mundo

Ta tudo virado de fato

E se perdeu o formato

Do que é imundo

Cachorro ama gato

Ser de outro oriundo

20.O clima esquentando

Os pólos derretendo

A terra santa tremendo

Homens com homens casando

Torpes relações tendo

O pecado cometendo

21. As canções alienadas

Distúrbios nas letras

Políticos de mil facetas

Culturas importadas

Mentes vis e manetas

Vidas destemperadas

22.O homem é pior que tudo

Eu, você,todos são vil

O bem ele nuca viu

Se ouviu se fez de surdo

Ele é criatura ao fio

É um único feudo

23.Nunca ama o próximo

Quanto mais a Deus

Ele não serve aos seus

Inda se acha o Maximo

Diante dos olhos teus

E muito ter egoísmo

24.Inda quer vida eterna

Fazendo somente o mal

Tem cara de santo e de pau

É uma podre cisterna

Um fingidor sem igual

Fora de sua caverna

25.Ele é imagem de Jeová

Seu coração é do bicho

Seus pensamentos é lixo

Ele nem quer mudar

Tem o pensamento e fixo

Céu pra ele é sonhar

26.Culpa Deus e o diabo

Não assume as atitudes

Aos amigos ilude

Inda se faz de coitado

Diante de outros rudes

Ele ta do teu lado

27.E tem varias mascaras

No palco vai atuando

Fins e meios emendado

As almas segas de cataratas

Ele vai enrolando

Elas são pobres baratas

28.Com o sexo a flor da pele

Todos vai apalpando

Sem camisinha DST pegando

Crianças tendo prole

Para os avôs sobrando

Alguém os protele

29.O amor onde está?

Casais fazem suingue

Sem dançar ele finge

A nova moda é ficar

Sentimentos de esfinge

Só lhe importa transar

30.Aumentou a pornografia

Na internet e televisão

Quem não vê fecha a visão

Mulher sem fotografia

Já o homem sem coração

Gosta de pedofilia

31.Aumento da violência

Domestica e sexual

Latrocínio é Banal

Fato ou coincidência

Do desemprego anormal

Temos consciência

32.Tem uma guerra civil

Na favela dos excluídos

O governo taxa de bandidos

Quem ele nunca viu

Em seus planos desnutridos

Temos Che no Brasil

33.Um giro no teu mundo

Atiradores na escola

Veteranos pedem esmola

Clonar num segundo

Extinção que cantarola

Verdade mais a fundo

34.Meninos moram na rua

Sendo escravos urbanos

Protagonistas dos teus planos

A odisséia continua

Na leitura dos Ciganos

Corrompeste a lua

35.Suas cabeças raspadas

Apegados a esperança

Olhos verdes na lembrança

Células contaminadas

Morfina na dor da criança

Tristes são suas estradas

36.Inocentes e malignas

Não conheceram a vida

Brilhos de margarida

Flores de altas campinas

Ultima luz da avenida

Caminho entre minas

37.Lindas faces numa prece

Palavras silenciosas

Voz que vem misteriosa

E o sentido desaparece

Em explosões gloriosas

Onda que desaparece

38.É assim, ele nas crianças

Um deserto florido

Fonte de um agudo gemido

Que destroça e amansa

Cura é o sonho preferido

Ó Deus! Uma ultima dança

39.Irmão matando irmão

Idéia de retórica

Religião teórica

Que governa o facão

No verbo hipócrita

Destruindo nação

40.A nova ordem é nuclear

É enriquecer urânio

Pra meter medo no crânio

E as raças manipular

Através de um Afrânio

Com um botão exterminar

41.A matéria é pobreza

É falta de conhecimento

É reter o esclarecimento

Refazendo a beleza

Noutro par de invento

Rosas de plástico sem clareza

42.Faltam tripulantes na arca

Vitimas dos males humanos

Suas peles viram panos

Espécies não voltam à barca

Extermínios insanos

Retratar é uma farsa

43.A floresta também morre

No dente do moto serra

Desmatar é a nova guerra

Mesmo assim ocorre

E mata a nascente da serra

Amazônia corre!

44.No bojo vai a água doce

É tarde para refratar

Mudar o hábito ou dançar

Antes de tudo isso fosse

Para não remediar

A natureza dá coice

45.Que coisa tudo sana

Abandono do egoísmo

Outra rota do mesmismo

Amor sem que haja gana

Nem raízes no terrorismo

Amor de forma insana

46.Palco da solidão urbana

Representação da corrida

Para ter e o ser na vida

Corrida infeliz a fama

E chagada indefinida

Sendo combustível de trama

47.Cadê o osculo santo

A caridade ingênua

Que vários males atenua

Que enxuga todo pranto

Que veste a alma nua

Que doa o próprio manto

48.Tudo é diferente e novo

As mudanças iluministas

Já dantes previstas

Ultrapassadas pelo povo

Não foram bem quistas

Como a raiz do renovo

49.Vemos o mundo num segundo

Hoje, através da internet

Bambino é marionete

Sem filosofia a fundo

Provérbios de tiete

Intelecto moribundo

50.Consumidor alienado

A lei da oferta e procura

Sem estilo e sem cultura

Deixando inculcado

Quem não tem altura

E se diz filosofado

51.O ter, é mal moderno

Corrida materialista

Homem Maquiavelista

O ser, é mal debaixo do terno

Mausoléu egoísta

Flores para o inferno

52.Liberalismo infinito

No novo continente

Leis sem remetente

Afim do Lucro maldito

Homem com coração de serpente

Se dizendo bendito

53.A vida é banalizada

Por interesses errantes

As mulheres pelos amantes

Experimental viciada

Rotas inconstantes

Estrada sinalizada

54.Religiões sem alma

Fieis desafeiçoados

Líderes viciados

Tricotomia de trauma

Tipos dissimulados

Mentores do mal na calma

55.Assim é o ser de hoje

Mutante de mil faces

Sem prodígios fáceis

A aberração lhe urge

Entre outras gafes

Das quais ele não foge

Gilmar Queiroz
Enviado por Gilmar Queiroz em 18/12/2007
Código do texto: T783148
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