Cordel, alpargatas de Barro.

Roupa de couro no varal.

Quentura cabra-da-peste,

Carne seca, com farinha

Tira gosto do nordeste

Sol da catinga de sal

Virgem Santa dos moribundos,

Baixa da égua animal .

Canta e recanta cantador

Lembrando do seu amor,

Da viola faca de ponta lambedeira

cinta de couro cru ribando ladeira

Alpargatas de barro, calo no murundum.

Afogueando a mão onde mata mais um

Vagueando o pó de grão neste ingrato Sertão.

Sem dó e humilhando o meu pobre coração.

Nas cicatrizes das costas, picado por Muriçoca casa de barro e cupim.

Carrapato e maribondo

Não tem pena de mim.

Quem sabe nasce pé de mandioca

Nesta reza forte na folha de capim.

Nos versos a pena broca

Despedindo da proza

Para quem gosta de mim.

O mundo nunca termina na reza do rezador na subida do bom fim .

Na proteção do divino

Olhando com pena de mim.

Obs: A metalinguagem é uma característica.

De escritores e poetas onde a transformação da linguagem atravessa:

Os portais da imaginação para ser transportada para grandes dimensões.

"Da escrita sem fim, um exemplo.

Canção de Cordel"

"Esta frase não tem verbo, não é uma holófrase "

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 04/12/2023
Reeditado em 07/12/2023
Código do texto: T7946639
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