Cordel despraiado.

Despraiou o espelho d'água

Embolando espuma salgada

Onça cantou de dia

Na boca da maresia

Dia vincou no horizonte

Olhos de sol só vigia

Carcaça piou bem longe

Anunciando a estia .

Velho assombroso abriu garganta

No ribombar do trovão, chuva seca

Anunciou a tristeza do sertão.

Galopante pediu reza

Na porteira da macega

Ajoelhando no chão.

Gibão, perneira chapéu de couro.

Casca de tambu, raiz das tuberosas

Chá de cura primorosa cheiro do timbaú

Calvalgada na distancia bem longe

De mundaú. nas praias do sururú.

demetrioluzartes
Enviado por demetrioluzartes em 09/12/2023
Reeditado em 15/12/2023
Código do texto: T7950358
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